Porto Alegre, 25 de março de 2022 – Entre os problemas enfrentados pelo
produtor de milho nas últimas safras, a cigarrinha-do-milho se destaca, já que
a praga transmite os agentes causadores do complexo do enfezamento do milho,
que é capaz de reduzir em mais de 70% a produtividade da lavoura de acordo com
a Embrapa. Para ajudar o produtor a ser mais assertivo no manejo da praga e
mitigar maiores perdas na produção da safra 2021/22, a Bayer criou o
Esquadrão de Combate à Cigarrinha.
Até o momento, foram monitorados 377 municípios brasileiros e 3.171
armadilhas foram instaladas, das quais 85% constataram a presença da praga,
cobrindo 65% da área de safrinha do brasil. Os estados contemplados com o
monitoramento foram São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Paraná e Goiás, sendo que os dois últimos registram a maior população de
cigarrinha nos principais municípios.
A iniciativa da Bayer, fruto da parceria com a agtech SIMA, monitora as
lavouras de milho através de uma rede colaborativa entre consultores,
agricultores e pesquisadores, gerando mapas e relatórios em tempo real que
ajudam o produtor a tomar decisões baseadas em dados, evitando os danos
causados pelo complexo do enfezamento.
De acordo com o pesquisador em Entomologia na Cooperativa Central Gaúcha
Ltda (CCGL), Glauber Renato Stürmer, a instabilidade climática em 2021
favoreceu a incidência da praga: “Mesmo com o cenário a favor da cigarrinha,
o monitoramento foi crucial para gerar insights ao agricultor e o auxiliar no
manejo, ajudando-o a realizar as aplicações em regiões que mostram maior
risco”, afirma o entomologista.
Para Marcelo Giacometti, gerente de ativação da experiência do cliente
da Bayer, o monitoramento é uma das principais ferramentas a favor do produtor.
“Por meio do monitoramento e da inspeção da lavoura, identificamos quais
pragas estavam no campo e estimamos a densidade populacional, os danos causados
pelos insetos e a ocorrência do controle natural. Quando a presença da
cigarrinha é detectada, o time de campo recebe os dados gerados e aconselha o
produtor sobre o manejo mais eficiente no cultivo.”
Além do monitoramento, para se obter um bom resultado e garantir a
rentabilidade do cultivo, é preciso aplicar práticas que envolvem manejo
integrado de pragas (MIP) e adotar medidas de controle químico.
Atenção redobrada na safra 2022
Diante das dificuldades enfrentadas pelo produtor durante a primeira safra
de milho – entre elas, o fenômeno La Niña que afetou a região Sul do País
e resultou em uma quebra de 23% na produtividade da região, segundo boletim de
safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) -, a cigarrinha também
trouxe grandes prejuízos as lavouras e, por esta razão, é preciso redobrar a
atenção com a segunda safra.
Se o produtor tiver optado por híbridos de milho com maior tolerância aos
enfezamentos (causados pelas cigarrinhas) a tarefa pode ficar mais fácil e
menos onerosa. “Ao utilizar um híbrido de milho de maior tolerância, o
potencial de dano de uma cigarrinha-do-milho infectada, por exemplo, é reduzido
em 30% a 40%”, reforça o pesquisador em Entomologia na CCGL. “Mas é
importante manter o monitoramento da cigarrinha e o manejo integrado de
pragas”, diz Stürmer.
Como resposta à demanda por sementes mais resistentes aos diferentes
desafios na lavoura – sejam de clima ou pragas, a Bayer lançou na safra
2020/2021 a biotecnologia VTPRO4 para o milho, já adaptada para cada região do
país pelas marcas Agroceres, Agroeste e Dekalb, como conta o gerente de
ativação da experiência do cliente da Bayer, Marcelo Giacometti.
“O VTPRO4 é a mais recente inovação da Bayer para ampliar a
produtividade da agricultura brasileira e ajudar produtores a superar os
desafios de controle de pragas e plantas daninhas nas lavouras de milho. Ele
possui três mecanismos de ação acima do solo, que cuidam da planta e da
espiga de milho, e dois mecanismos de ação que protegem a raiz da planta,
resultando em proteção máxima contra as principais lagartas-alvo”, diz
Giacometti.
Algumas variedades lançadas para a região Sul, por exemplo, além de
agregar notas de tolerância a cigarrinha, são ideais para uso na safrinha,
possuem característica de ciclo super precoce, janela de plantio ampla, ótima
qualidade de grãos e excelente potencial produtivo. Além disso, ainda traz
porte baixo, plantas eretas, ótimo sistema radicular e alta velocidade de perda
de umidade. As informações partem da assessoria de imprensa da Bayer.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 05/08/2025 09:30