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MILHO: Crise de escassez não se repetirá em 2017, prevê Faesc

10 de janeiro de 2017
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Porto Alegre, 10 de janeiro de 2017 – O mercado agrícola catarinense não
viverá, neste ano, o drama da escassez acentuada de milho e o encarecimento da
produção de carnes que, em 2016, derrubou a rentabilidade das indústrias de
processamento de aves e de suínos. O presidente da Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, assinala
que o Brasil colherá cerca de 90 milhões de toneladas do grão (30 milhões
na safra e 60 milhões na safrinha) para um consumo interno de 55 milhões de
toneladas.

Na safra 2015/2016, vários fatores contribuíram para o aumento acelerado
do preço do milho no Brasil: quebra na produção superior a 10% desencadeada
por fatores climáticos (fenômeno El Niño) e o crescimento da exportação. A
saca de 60 kg chegou a registrar 65% de aumento.

Um terceiro fator foi a migração para a soja, um produto com grande
liquidez no mercado de commodities, menor custo de produção e melhor
remuneração final aos agricultores. Enquanto a saca de milho valia entre R$
35,00 e R$ 40,00, a de soja valia R$ 70,00. Além disso, 40% do milho que SC
produz se destinam a silagem, portanto, não sai da propriedade e é utilizado
na nutrição animal do gado leiteiro.

Neste ano, o mercado mundial encontra-se com grandes estoques em face da
excelente safra norte-americana de 380 milhões de toneladas. O chamado
“estoque de passagem” no fim de ano – 210 milhões de toneladas – foi um dos
maiores da história.

“Com tanto milho no mundo, as exportações brasileiras serão menores”,
prevê Pedrozo. “Portanto, teremos milho farto e a preços acessíveis no
mercado doméstico”.

O dirigente, entretanto, alerta que se por um lado as agroindústrias da
carne não serão atormentadas pela falta de milho, por outro lado, é
necessário assegurar preços que remunerem adequadamente o produtor. Se isso
não ocorrer, a gangorra da alternância entre escassez e alta oferta se
repetirá. O preço atual (R$ 32,00) ainda é compensador.

O problema é histórico: em 2005, 106 mil produtores rurais catarinenses
cultivavam 800 mil hectares com milho e colhiam entre 3,8 e 4 milhões de
toneladas. Nesses dez anos, a área plantada foi se reduzindo paulatinamente. Em
2015/2016, foram cultivados 372 mil hectares de lavouras para uma produção
estimada em 2,7 milhões de toneladas. Por isso, Santa Catarina é o Estado
brasileiro que mais importa milho – entre 3 milhões e 3,5 milhões de
toneladas/ano.

O milho é um dos principais insumos para o funcionamento da gigantesca
cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura que sustenta o mais avançado
parque agroindustrial do Brasil. Essa fabulosa estrutura gera uma riqueza
econômica de mais de 1 bilhão de aves e 12 milhões de suínos por ano,
sustenta mais de 150 mil empregos diretos e indiretos e gera bilhões de reais
em movimento econômico. Com informações da assessoria de imprensa da Faesc.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Suíno Independente kg vivo

R$ 8,42

Farelo de soja à vista tonelada

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Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 71,75
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AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,60

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,70

Cooperativa Majestade*

R$ 6,60

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 7,00

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

R$ 5,75

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

R$ 7,30

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,40

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

R$ 6,60

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,70
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