Porto Alegre, 10 de outubro de 2022 – Monitoramento das áreas de produção de milho segunda
safra apontam que apesar da alta infestação da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), o resultado
para presença de enfezamento nas folhas foi considerado baixo. Isso porque, análises de
laboratório solicitadas pela Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde
(Fundação Rio Verde) na safra 2021/2022 não identificaram insetos com o vírus e bactérias que
causam a doença no milho. Porém, a alta população da cigarrinha é preocupante e será
monitorada pela entidade.
O estudo foi realizado em parceria com a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado
de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e Sindicato de Produtores Rurais de Lucas do Rio Verde. O objetivo foi
obter resultados sobre a população das cigarrinhas nas lavouras de milho no município de Lucas do
Rio Verde, Mato Grosso, visando entender a dinâmica populacional da praga na região, e assim poder
traçar as melhores estratégias para amenizar os prejuízos causados pela praga.
Pesquisadores da Fundação Rio Verde analisaram três amostras em cada uma das doze áreas
monitoradas, do momento das instalações das armadilhas do inseto, de 30 e de 60 dias após as
instalações. De acordo com os laudos, o percentual de cigarrinha que possui vírus e bactérias do
complexo de enfezamento era igual a zero em todas as amostras.
Responsável Técnica pelo setor de Entomologia da Fundação Rio Verde, Engenheira Agrônoma
Sâmilla Emily de Oliveira Gouveia explica que de forma complementar, foram enviadas amostras de
folhas com sintomas de enfezamento para comprovar se já havia plantas com a doença nas áreas
monitoradas.
“Por meio das análises laboratoriais, nós identificamos que das doze áreas monitoradas, cinco
apresentaram resultado positivo para a presença de ao menos uma doença do complexo de enfezamento.
Porém, mesmo com esses resultados positivos, nós verificamos que a incidência, ou seja, a
porcentagem de plantas que apresentavam esses sintomas era igual ou inferior a 5%, e em muitos casos
foi necessário que nós entrássemos no meio do talhão para poder encontrar uma planta com os
sintomas”, pontuou a pesquisadora.
Apesar da baixa taxa de infecção da cigarrinha-do-milho ser um bom resultado, a população
foi considerada alta e isso pode trazer problemas futuros para o produtor. Entre as medidas de
controle do inseto, deve-se ter uma atenção maior na escolha do híbrido para semeadura. Alguns
tendem a ter o maior custo-benefício pela questão de tolerância do complexo de enfezamento. Por
meio de controle de inseticidas químicos e agentes biológicos também é possível reduzir a
população de cigarrinhas em níveis aceitáveis.
“Além disso, deve se ter atenção quanto a sensibilidade dos híbridos sobre a questão do
complexo de enfezamento, pois quando semeado um híbrido mais sensível no fechamento do plantio há
uma maior probabilidade de ocorrer o enfezamento devido ao fato das cigarrinhas migrarem das plantas
mais velhas para as plantas mais novas. Ou seja, as cigarrinhas que estão presentes nas plantas que
foram semeadas na abertura do plantio tendem a migrar para áreas onde o milho foi semeado no
fechamento do plantio”, apontou Sâmilla. Com informações da assessoria de imprensa da Fundação
Rio Verde.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45