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MILHO: Faesc prevê dificuldades no abastecimento no 1S16

12 de janeiro de 2016
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Porto Alegre, 12 de janeiro de 2016 – Será complicado o abastecimento
de milho para as cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura industrial
em Santa Catarina no primeiro semestre deste ano: o grão está caro e escasso,
portanto, com preço em ascensão. A avaliação é do presidente da Federação
da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino
Pedrozo. A situação somente irá melhorar no segundo semestre, com a entrada
da safrinha.

Santa Catarina possui o mais avançado parque agroindustrial do Brasil,
representado pelas avançadas cadeias produtivas da avicultura e da
suinocultura. Essa fabulosa estrutura gera uma riqueza econômica de mais de 1
bilhão de aves e 12 milhões de suínos por ano, sustenta mais de 150 mil
empregos diretos e indiretos e gera bilhões de reais em movimento econômico.

Pedrozo realça que um dos principais insumos para o funcionamento
dessas gigantescas cadeias produtivas é o milho. “O sucesso ou o fracasso da
cultura do milho reflete diretamente na economia catarinense”, explica.

Embora seja tão essencial, a cultura do milho está encolhendo. Em
2005, 106 mil produtores rurais catarinenses cultivavam 800 mil hectares com
milho e colhiam entre 3,8 e 4 milhões de toneladas. Nesses dez anos, a área
plantada foi se reduzindo paulatinamente e, em 2015, foram cultivados entre 250
mil e 300 mil hectares de lavouras para uma produção estimada em 2,5 milhões
de toneladas.

O presidente da Faesc alerta que esse quadro representa uma equação
perigosa: para um consumo de 6 milhões de toneladas haverá uma produção
interna de 2,5 milhões e, portanto, uma necessidade de importação de 3,5
milhões de toneladas de milho. Insumo escasso representa encarecimento para os
produtores rurais e para as agroindústrias e gera um “efeito dominó” por
que, por via de consequência, os alimentos (especialmente a carne) tornam-se
mais caros para o consumidor.

O presidente da Faesc aponta que a conjugação de uma série de
fatores contribuiu para redução tão drástica da produção. Os produtores
migraram para a soja, que tem grande liquidez no mercado de commodities, menor
custo de produção e melhor remuneração final aos agricultores. Enquanto a
saca de milho vale entre 35 e 40 reais, a de soja vale 70 reais. Outro fator é
que 40% do milho que Santa Catarina produz se destinam a silagem, portanto, não
saem da propriedade e são utilizados na nutrição animal do gado leiteiro.

EXPORTAÇÃO PREJUDICA

No ano passado, os preços do milho não agradaram os produtores. Por
outro lado, a atual situação cambial estimula a exportação de milho: o
Brasil já embarcou 33 milhões de toneladas para o exterior (a produção
nacional deve chegar a 85 milhões de toneladas), agravando ainda mais a
situação interna. O sul do Brasil terá que importar milho da Argentina, do
Paraguai e do centro-oeste. A Conab não dispõe de estoques para regular o
mercado.

José Zeferino Pedrozo insiste que é preciso perseverar na busca da
autossuficiência catarinense, seja via aumento da produtividade, utilização
de sementes de alta tecnologia e calcário calcítico. Outro desafio adicional
neste cenário é a armazenagem, pois, 30% da produção não têm estocagem. As
informações partem da assessoria de imprensa da Faesc.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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Dália Alimentos* - base leitão

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Alibem - base suíno leitão

R$ 6,70

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Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,70

Pamplona* base term.

R$ 6,70

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,80
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