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MILHO: Fórum dia 16 debaterá questão do suprimento para SC

12 de março de 2021
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Porto Alegre, 12 de março de 2021 – Com o apoio das principais entidades
do agronegócio, o Fórum Fecoagro – atividade do Projeto Mais Milho –
discutirá as principais questões do setor em evento on line no dia 16 de
março, das 14h às 17h, com transmissão ao vivo pelo Canal Rural e suas redes
sociais. Em pauta a crescente escassez de milho para Santa Catarina.

Os mediadores Queli Ávila e Glauber Silveira conversarão com convidados
especiais sobre programas e incentivos a culturas de inverno, logística e
desafios para a implantação da rota do milho e sobre a sanidade do milho,
incluindo problemas como as pragas cigarrinha e podridão.

A cultura do milho é fundamental para abastecer as cadeias produtivas de
proteína animal em Santa Catarina. O Estado é o maior produtor de suínos do
País, segundo maior produtor de aves e também se destaca na produção de
leite. Por isso, a demanda de milho do Estado é muito maior do que a
produção. Para agravar a situação, o Brasil está vivendo novamente um
período de escassez na oferta de milho e, por consequência, de preços
superaquecidos.

As cadeias produtivas da avicultura e da suinocultura catarinenses geram
uma riqueza econômica de mais de 1 bilhão de aves e 12 milhões de suínos por
ano, sustentam mais de 150 mil empregos diretos e indiretos e geram bilhões de
reais em movimento econômico. O principal insumo que fomenta essa
megaestrutura é o milho.

Santa Catarina necessita pelo menos de 7 milhões de toneladas para
alimentar sua agroindústria e a produção interna seria de 2,7 milhões de
toneladas. Seria, porque seca, excesso de chuvas e praga baixaram essa previsão
para 1,5 milhão de toneladas.

A situação somente irá melhorar no segundo semestre, com a entrada da
safrinha. No País, os números também não são animadores. A safra nacional
de milho que já está sendo colhida deve render 20 milhões de toneladas. Isso
indica que faltará milho já neste primeiro semestre no mercado brasileiro e
essa situação deve se manter até a entrada da safrinha.

Para abastecer o mercado interno, Santa Catarina terá que importar cerca
de cinco milhões de toneladas de milho no ano, o que também impactará nos
custos de produção das agroindústrias.

OUTROS TEMAS

Cultura de inverno é outro tema importante da pauta, pois é uma
alternativa que Santa Catarina está buscando para reduzir a dependência de
milho e diminuir os custos de produção. A Secretaria de Estado da Agricultura
reforçou o apoio para o plantio de trigo, triticale e cevada e já desenvolve
um projeto de incentivo ao plantio de cereais de inverno, que pretende ampliar
em 120 mil hectares a área plantada com esses grãos. Por outro lado, o
Sindicarne e a ACAV firmaram acordo de cooperação com a Embrapa Suínos &
Aves, através do qual esse centro de pesquisa estudará a formulação da
ração animal com outros grãos, além do milho.

Também estará em discussão a conexão transfronteiriça conhecida como a
Nova Rota do Milho. O projeto consiste em buscar no Paraguai o milho para
abastecer a imensa cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura industrial
catarinense. A nova rota encurtará em pelo menos 1.500 quilômetros a
distância entre a região consumidora (oeste catarinense) e a região
fornecedora, no Paraguai.

Se for efetivamente implantado o Corredor do Milho, o produto seguirá o
seguinte roteiro, o qual passará a ser conhecido como Corredor do Milho: será
adquirido nos Departamentos de Itapua e Alto Paraná (Paraguai), passará pelo
porto paraguaio de Carlos Antonio Lopez, atravessará o rio Paraná em balsas,
entrará em território argentino pelo porto de Sete de Agosto e seguirá até a
divisa com o Brasil, sendo internalizado pelo porto seco de Dionísio
Cerqueira.

O controle fitossanitário é uma preocupação: Santa Catarina quer evitar
a entrada de pragas que grassam nas lavouras de outros Estados. Uma delas,
porém, já está em território barriga-verde. A incidência da
cigarrinha-do-milho, inseto-vetor de doenças provocadas por vírus e
bactérias, tem ocorrido de forma generalizada em todas as regiões e com danos
econômicos variáveis na safra 2020/2021. Com informações da assessoria de
imprensa do Sindicarne e da ACAV.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Alibem - base suíno leitão

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Estrela Alimentos - base leitão

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Pamplona* base term.

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Pamplona* base suíno leitão

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