Porto Alegre, 20 de dezembro de 2019 – Mais cinco estados passarão a ter o
Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) do consórcio milho 2 safra
com braquiária. São eles: Acre, Pará, Maranhão, Tocantins e Piauí. Os
estados foram incluídos após revisão do mapeamento feito pela Embrapa este
ano. As portarias foram publicadas no Diário Oficial da União desta
sexta-feira (20).
Além dos cinco, o zoneamento contemplava Distrito Federal, Goiás, Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e São Paulo. Em breve, devem
ser publicadas portarias do Zarc para o consórcio milho com braquiária para
outros estados do Nordeste.
Os novos estudos para o consórcio milho 2a safra com braquiária trouxe
outras novidades. A partir de agora, o zoneamento da cultura será apresentado
em três níveis de riscos, ou seja, será possível identificar qual o risco de
plantio, por decêndio (dez dias), para os riscos de 20%, 30% e 40%.
Até então, o zoneamento para o consórcio contemplava janelas de plantio
somente para o risco de 20%. A metodologia permitiu a elaboração de um
calendário de plantio para cada município, correlacionado ao ciclo das
cultivares e ao tipo de solo, conforme sua capacidade de retenção de água,
utilizando dados de séries históricas com média de 20 anos de registros
diários nas estações meteorológicas disponíveis.
Como é o plantio do milho com a braquiária
O plantio simultâneo do milho com a braquiária em 2a safra permite que o
produtor continue a ter duas safras e ainda possa incluir a forrageira no
sistema. A forrageira (braquiária), após a colheita do milho, pode ser
utilizada para alimentação animal ou para proteção do solo, servindo de
palhada para realização do Plantio Direto (PD) na safra de verão seguinte. O
consórcio também é uma estratégia economicamente eficiente para formação
ou reforma de pastagens.
A rotação de culturas anuais e pastagens é uma das alternativas para o
manejo sustentável dos solos e dos recursos hídricos, pois, as pastagens
quando bem manejadas, são mais eficientes na reciclagem de nutrientes, na
reestruturação do solo, no armazenamento da água e na produção de matéria
orgânica do que as culturas anuais, obtendo efeitos positivos na qualidade do
solo.
Esse sistema, conhecido como Integração Lavoura-Pecuária (ILP), é
recomendado aos produtores que buscam diversificar a produção e superar os
problemas advindos de cultivos anuais sucessivos, como plantas invasoras e
pragas, além de minimizar o impacto de estiagens nas lavouras sucessoras.
Os resultados obtidos com a ILP no Brasil demonstram os benefícios deste
sistema no aumento da produção de grãos e carne, na redução dos custos de
produção, na maior capitalização dos produtores, no melhoramento e na
conservação das características produtivas do solo, no desenvolvimento do
setor rural, na estabilidade econômica, na geração de mais empregos diretos e
indiretos e na sustentabilidade agropecuária.
Para que serve o Zarc?
O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados a problemas
climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar,
levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.
O sistema considera elementos que influenciam diretamente no
desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade
relativa do ar, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda
hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).
Os agricultores são obrigados a seguir as indicações do Zarc para
enquadrar operações de Proagro no âmbito do crédito rural, para acessar o
Pronaf e para ter acesso ao Programa de Seguro Rural (PSR).
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Dados referentes a semana 01/08/2025
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Atualizado em: 05/08/2025 09:30