Porto Alegre, 26 de julho de 2023 – A proliferação da cigarrinha (Dalbulus maidis), inseto
vetor e disseminador do complexo de enfezamento do milho, pode reduzir a produção de grãos em
até 70%, segundo a Embrapa, trazendo prejuízos diversos aos produtores rurais. Atentos ao
problema, especialistas e entidades do setor buscam a conscientização dos agricultores para que
adotem medidas preventivas de forma integrada, visando controlar a praga. Uma das ações essenciais
é a eliminação de plantas de milho voluntário (Tiguera ou guaxo), visando combater o
enfezamento.
Os indicadores de que algo não vai bem com o cultivo são visíveis: plantas mortas, dobrando
com o vento e grãos chochos ou malformados, devido ao complexo de enfezamento. O milho tiguera são
todos os grãos de milho que acabam ocorrendo, principalmente, nas áreas agrícolas, após a safra
do milho e que são perdidos durante o processo de colheita, bem como partes de sabugos com grãos
de milho que nascem de forma natural, aleatória, nas áreas agrícolas.
O especialista em milho da Bayer, Paulo Garollo, explica que ele acaba servindo de ponte verde
entre uma safra e outra, abrigando tanto o inseto quanto os agentes causais das doenças: o
enfezamento vermelho, enfezamento amarelo (pálido) e o vírus do raiado fino (vírus da risca). “Ao
se alimentar de uma planta contaminada com uma das doenças, a cigarrinha pode se infectar e
transmitir os três agentes juntos”, pontua.
O maior problema, segundo ele, é que esta praga é resistente. Estudos da Embrapa mostram que
em plantas como milheto, a cigarrinha sobrevive por até cinco semanas sem se alimentar, tempo o
bastante para aguardar o milho tiguera aparecer e fazer a ponte verde para a próxima safra.
Conforme o especialista da Bayer, é possível prevenir o aparecimento da praga adotando medidas
integradas, que precisam começar muito antes da erradicação do milho tiguera. “O produtor deve
usar o tratamento de sementes, aplicações de defensivos químicos e biológicos de forma
estratégica, uso de híbridos de milhos mais tolerantes ao complexo de enfezamento, ajuste da
época de plantio (evitando plantios tardios) e não realizar plantios consecutivos de milho”, cita
Garollo.
Outro ponto importante mencionado pelo especialista da Bayer é que durante a colheita, o
produtor precisa ficar atento à regulagem adequada das máquinas, evitando que caiam muitos grãos
no campo, ou mesmo a quebra de espigas, contendo grãos que irão germinar. “Essa germinação pode
acontecer até 15 dias depois, por isso é necessário monitorar as áreas após a colheita”,
recomenda. E em regiões que passam extensos períodos de estiagem durante o inverno, o milho pode
esperar a chuva para crescer, caso de áreas como o Centro-Oeste e Sudeste, em Minas Gerais. As
informações são da assessoria de imprensa da Bayer.
Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 22/11/2024 17:50