Porto Alegre, 27 de julho de 2021 – Mais um navio atraca nesta quarta-feira
(28) no Porto de Paranaguá para descarregar milho. São 32 mil toneladas do
produto importadas da Argentina. Essa é a quarta embarcação que chega ao
terminal paranaense neste ano trazendo o cereal.
Desde janeiro, foram 102.719 toneladas de milho argentino desembarcados. O
Ocean Royal está programado para atracar às 17 horas e deve iniciar a
operação no mesmo dia. A empresa responsável é Fortesolo, que também fez as
movimentações dos navios Aurora SB, em maio (35.319 toneladas); Sirius Sky,
em junho (36.870); e Interlink Nobility, no início deste mês (30.530).
Segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da
Silva Júnior, os operadores portuários que atuam na descarga do produto
possuem equipamentos especializados, o que aumenta os índices de produtividade
e atrai importadores.
“O Porto de Paranaguá está capacitado para atender as demandas de
mercado, tanto na exportação quanto na importação, e nos mais diversos tipos
de carga, atendendo totalmente suas funções, segundo a necessidade dos
clientes”, diz Teixeira.
Os berços utilizados para a descarga do milho são destinados para os
demais graneis de importação como sal, fertilizantes, trigo, malte e cevada.
MERCADO
O baixo desempenho da lavoura de milho em função das adversidades
climáticas, no Paraná e demais estados produtores, aumentou a demanda de
importação. O produto será destinado à produção de ração animal.
Segundo o diretor-presidente da Fortesolo, Marco Ghidini, a descarga deve levar
cerca de cinco dias. Parte do produto vai direto para cooperativas e parte
ficará armazenada em Paranaguá.
“A operação exige muito cuidado, pois se trata de produto alimentício.
A nossa equipe tem um cuidado especial para que não haja nenhum tipo de
contaminação e que o grão chegue aos clientes com total integridade”,
afirma.
DEMANDA
A quebra da safra brasileira, que afetou a produção do milho safrinha,
aumentou a expectativa de recorde nas importações. De acordo com o analista
Edmar Gervásio, do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de
Estado da Agricultura e do Abastecimento, a demanda pelo cereal se deve ao alto
consumo do produto pela cadeia de suínos e aves.
“O milho que abastece essas cadeias produtivas é específico para este fim. É
produzido no Paraná, Mato Grosso e Goiás. Com a quebra significativa, é
preciso comprar o produto de países vizinhos como Argentina e Paraguai”,
conta.
O analista explica, ainda, que apesar da expectativa de aumento nas
importações, os números são pouco relevantes, se considerado o volume da
produção brasileira de milho. “O país deve produzir mais de 90 milhões de
toneladas, enquanto as importações não devem chegar a dois milhões de
toneladas”. As informações partem da assessoria de comunicação dos Portos
do Paraná.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 29/04/2025 09:50