Porto Alegre, 17 de junho de 2021 – A cotação do milho disparou 34,8%
durante o ano e registrou aumento de 102,6% nos últimos 12 meses, alta que é
12 vezes maior que a inflação geral de 8,06% no acumulado de 12 meses,
conforme o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado no
dia 9 de junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa escalada de preços fora dos patamares de normalidade gera impactos
diretos na avicultura gaúcha, que compra o cereal para fabricar ração animal.
O milho continua sendo a base da alimentação das aves e essa subida
exacerbada de preços, tornou os custos de produção insustentáveis e exigiu
um esforço da cadeia produtiva para evitar que produtores abandonassem a
atividade e indústrias de abate não baixassem o ritmo de produção,
situação que não foi possível.
O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo
do Santos, enfatiza que muitos produtores e indústrias por iniciativa própria,
reduziram a produção para evitar ao máximo repassar essa alta agonizante
para o consumidor”, reforça. Santos destaca que o empenho do setor em
segurar para si todo esse problema torna inadmissível responsabilizar a cadeia
produtiva, como se quisesse impor gratuitamente um aumento sobre o público.
“Nós vemos os consumidores como parceiros e os protegemos de qualquer
majoração de preço, pois queremos continuar sendo a proteína animal mais
acessível na mesa de todos”, destaca. O dirigente ainda ressalta que
comparações com índices inflacionários são incompatíveis com a realidade
formada por todos os entraves que pressionam o sistema de produção avícola.
“Esse tipo de relação é superficial e tem o intuito de ‘vilanizar’ o
setor, lugar que não aceitamos ser colocados”, determina.
Para ficar mais claro, Santos exemplifica os impactos econômicos para o
setor em 12 meses em relação ao milho. “Se antes o produtor ou indústria
gastava R$19.240,00 para alimentar 10 mil aves(milho), hoje ele gasta
R$40.000,00 que justifica a reposição parcial dos custos na carne de
frango”, esclarece.
Além do milho, o farejo de soja também é usado na produção de
alimentação para as granjas. Em 12 meses, subiu em torno de 46,3%, o que se
soma aos já elevados custos de produção que a avicultura gaúcha vive há,
pelo menos, seis meses. As informações partem da assessoria de imprensa da
Asgav.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 30/04/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.836,67Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 72,23Preço base - Integração
Atualizado em: 29/04/2025 09:50