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MILHO: Produção no Brasil muda com chegada de usinas que processam grão

14 de novembro de 2022
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Porto Alegre, 14 de novembro de 2022 – Em artigo divulgado à imprensa, o diretor comercial de
Etanol e Energia da FS, Fabrício Vieira, destaca que a transformação de milho em etanol é um
caminho sem volta no Brasil, especialmente no Mato Grosso. O Instituto Mato-Grossense de Economia
Agropecuária (Imea) estima uma produção de 40,5 milhões de toneladas de milho para a segunda
safra 2021/2022. Deste total, serão consumidos 7,6 milhões de toneladas na produção de etanol,
no mesmo período (julho de 2022 a junho de 2023).

Para a região centro-oeste, a Conab projeta uma produção de 64,3 milhões de toneladas de
milho na safra 21/22, e 3,3 bilhões de litros de etanol de milho.O cultivo do milho de segunda
safra na região trouxe benefícios significativos para a expansão do agronegócio brasileiro e o
desenvolvimento econômico local. A consolidação de um mercado interno forte, com segurança
financeira para o produtor; a intensificação da pecuária de corte a partir dos insumos gerados
para a produção animal (DDG); o aumento do plantio do cereal sem a necessidade de abrir novas
área agrícolas, o que garante tanto a produção de etanol quanto a comercialização do grão
como alimento; o impulsionamento do mercado de biomassa com a expansão de plantações exóticas
para a geração de energia que aquece as caldeiras das usinas. Além dos benefícios sociais com a
geração de novos postos de trabalho e de divisas para municípios e estados.

Olhando para trás, é possível dizer que tudo isso começou na década de 1980, com a
inserção do cultivo de soja no Mato Grosso a partir da técnica do plantio direto, quando a
semente é colocada no solo sem prévia aração. Nesse processo, descobriu-se que a sojicultura
proporciona a fixação de nutrientes essenciais na terra, que permite o plantio de outras culturas,
como o milho. Daí surge o milho de segunda safra, que nada mais é que uma entressafra produtiva.
Mas mesmo havendo essa possibilidade, se passaram décadas até que realmente fosse viável para o
produtor investir no chamado milho safrinha.

Isso porque o custeio do milho era muito oneroso: não havia liquidez de preço para fixação
dos custos de produção do grão. Os produtores frequentemente recorriam ao Prêmio Equalizador
Pago ao Produtor Rural (Pepro), subvenção econômica concedida pelo Governo Federal como parte da
política de garantia de preço mínimo (PGPM), que tinha como objetivo garantir renda ao agricultor
e que de certa forma ajudava a absorver parte do custo de plantio.

Essa história mudou com a chegada das indústrias de etanol de milho. Sem dúvida alguma, este
foi o grande impulsionador para o crescimento da produção do milho segunda safra, foi o estímulo
que faltava para o produtor desenvolver essa importante cultura.

Desde a instalação da primeira usina de etanol de milho, muita coisa mudou no Centro-Oeste e
no País. Investimentos importantíssimos foram realizados, como a conclusão de obras de
pavimentação de rodovias, a ampliação da capacidade operativa de portos e o aprimoramento
genético de novas variedades com alto potencial produtivo e mais adaptadas às condições
climáticas do cerrado. Grandes agroindústrias passaram a olhar para o estado do Mato Grosso como
um novo polo de expansão e transformação e decidiram se instalar na região.

Todos esses movimentos impulsionaram ainda mais o novo desenho da produção de milho no Brasil.
Para se ter uma ideia, a produção de milho no Mato Grosso na safra 2009/2010 foi de 8,7 milhões
de toneladas, o número praticamente se multiplicou em cinco na safra atual. A fabricação do
etanol de milho no estado, segundo previsões da Conab, deve gerar 2,98 bilhões de litros, que
serão comercializados nacional e internacionalmente, colocando o País como um dos principais
produtores de biocombustível do mundo.

Essa pujança se deve a uma combinação sem igual entre desenvolvimento agrícola sustentável,
geração de emprego e renda, incremento no recolhimento de impostos para municípios e estado, e a
produção de um combustível com baixíssima pegada de carbono.

Por tudo isso, o novo desenho na produção de milho, que gera cada vez mais eficiência
agrícola, deve continuar impulsionando a construção de usinas de etanol, num círculo virtuoso
que se retroalimenta. A estimativa é que o setor produza 8 bilhões de litros de etanol de milho em
2027/2028, segundo a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) e a Agência Nacional de Petróleo
(ANP). Neste horizonte promissor, teremos mais investimentos em genética, logística
(rodoferroviária e armazéns), maquinário, qualificação profissional e, acima de tudo, expansão
produtiva sustentável. Com informações da assessoria de imprensa da FS Agrisolutions Industria De
Biocombustiveis Ltda.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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