Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2021 – A produção de grãos em Goiás
começa a dar destaque para o milho a partir do cenário que se desenha na safra
2020/2021. De acordo com dados apurados no Boletim Agro em Dados, publicado
pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Seapa), o milho aparece como uma boa opção ao
produtor na 2a safra. O grão segue valorizado tanto no mercado externo, quanto
na demanda doméstica, o que tem contribuído para o investimento na cultura.
Até agora, a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
revela produção de 11,9 milhões de toneladas de milho, na safra 2020/2021,
mantendo Goiás na 3a posição entre os maiores produtores do grão. A área
plantada deve chegar a 1,8 milhão de hectares e a produtividade esperada em 6,6
toneladas por hectare.
“Segundo a Conab, a semeadura do milho 1a safra foi concluída em dezembro
e, apesar da redução na produção e da área cultivada, em detrimento da
soja, o prognóstico é de que o grão venha forte na 2a safra, com expansão do
cultivo”, aponta o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto. Conforme mostra o boletim,
isso se dá tanto pelos preços atrativos no mercado internacional e doméstico
e também no plantio da safrinha, que deve suceder a 1 safra de soja, cuja
área sofreu expansão.
Preço e exportação
Dados do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag),
mostrados no Agro em Dados, apontam que o preço médio semanal da saca de
milho (60 quilos), em 25 de janeiro, operou próximo a R$ 72. Além disso, o
cereal possui o terceiro maior crescimento do Valor Bruto de Produção (VBP) de
2020, com a estimativa de R$ 10,4 bilhões (aumento de 39,5%, em relação à
safra anterior) e expectativa de crescimento para 2021.
No ano passado, o Brasil embarcou 34,6 milhões de toneladas de milho,
segundo dados do Ministério da Economia, sendo que, em Goiás, o cereal
apareceu como terceiro produto do agro com maior participação no montante
comercializado com outros países (10,3%), totalizando 653,1 milhões de
dólares. Destaques para comercialização para Japão (21,4%), Vietnã (18%) e
Taiwan (13,7%). Por outro lado, a demanda doméstica está aquecida,
principalmente pela fabricação de rações destinadas à produção de
proteína animal e de produtos para alimentação humana.
“Se levarmos em conta a dinâmica do mercado, os produtores terão bons
motivos para investir na produção do milho”, avalia Antônio Carlos. “Além
disso, do lado do Estado, o Governo de Goiás tem buscado dar condições dos
produtores desenvolverem suas lavouras, do pequeno ao grande produtor”,
explica.
Segundo o secretário, conforme orientação do governador Ronaldo Caiado,
a Seapa e suas jurisdicionadas – Emater, Agrodefesa e Ceasa – têm buscado
fortalecer o setor agropecuário e impulsionar a produção, em diversas
vertentes. “Seja no apoio à agricultura familiar, que tem ajuda da Emater com
os projetos de crédito rural e a assistência técnica; seja nos recursos do
Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) viabilizados pela análise da Seapa;
ou do trabalho da Agrodefesa pela sanidade e padrão de qualidade, que contribui
no processo de comercialização e exportação; entre outros. São várias
frentes de atuação que contribuem para a dinâmica de investimentos”,
completa. As informações partem da Comunicação Setorial da Secretaria de
Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) – Governo de Goiás.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45