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MILHO: Produtores mineiros apostam no cultivo de segunda safra

13 de março de 2023
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Porto Alegre, 13 de março de 2023 – As chuvas intensas do início do ano provocaram um atraso
na colheita da primeira safra de grãos no Brasil. O ritmo lento da colheita da soja trouxe
preocupação para os produtores, diante da redução da janela para o plantio da segunda safra, que
deverá ter o milho como principal lavoura. No entanto, a Emater-MG estima que, em 2023, a segunda
safra de milho poderá ser uma das maiores dos últimos anos.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), devido às chuvas, até o dia 18 de
fevereiro, apenas 23% das lavouras de soja tinham sido colhidas no país, sendo que, no mesmo
período de 2022, esse número chegava a 33% do total.

O coordenador estadual de Cultura da Emater-MG, Sérgio Brás Regina, conta que em Minas Gerais,
também houve um atraso, mas ocorreu uma recuperação dos trabalhos na segunda quinzena de
fevereiro. O plantio está indo bem e deve haver um aumento da área de plantio da segunda safra do
milho. Os produtores estão motivados pelos bons preços da soja, escolhendo a oleaginosa como
cultivo de verão e agora o milho em sequência.

Rotação de culturas

Dados preliminares do acompanhamento de safras da Emater-MG mostram que a previsão da segunda
safra de milho é de cerca de 454 mil hectares plantados, com uma produção estimada de 2,3
milhões de toneladas do grão. A segunda safra de milho promete ser uma das maiores safras mineiras
do grão. Além do aumento de produtividade, as áreas cultivadas na safrinha vêm crescendo de
forma sensível nos últimos anos. Os produtores optaram pelo cultivo da soja na safra de verão e
agora sucedem a oleaginosa com a cultura do milho, que também está com boas perspectivas de
mercado, comenta Sérgio.

De acordo com o coordenador, a rotação de culturas é muito positiva para o solo. A primeira
planta é uma leguminosa de ciclo mais curto, que deixa no solo um residual de nitrogênio para a
cultura subsequente, explica. Sérgio destaca ainda que em Minas Gerais, a maior parte dos
produtores vem adotando o sistema de plantio direto (a semente é colocada no solo não revolvido,
sem aração), que também é muito benéfico para o solo e as águas.

O coordenador de Cultura da Emater-MG diz que, apesar da forte alta dos custos de produção, os
produtores têm investido na lavoura, usando boas sementes, fertilizantes e muita tecnologia. Os
agricultores estão fazendo sua parte, mas a boa lucratividade vai depender do clima e de fatores
externos. A seca na Argentina, o avanço da gripe aviária, o aumento do uso do biodiesel e as
opções de plantio na América do Norte são fatores que podem influenciar nas cotações. Mas de
uma maneira geral, o produtor está otimista, salienta Sérgio.

Boa produtividade

A safra de verão deve chegar a 5,8 milhões de toneladas de milho em Minas Gerais, segundo os
números levantados até agora pelo acompanhamento de safras da Emater-MG, numa área cultivada de
829,9 mil hectares. A produtividade estimada é de 5,8 mil quilos do grão por hectare. No caso da
soja, a produtividade estimada é de 3.642 quilos por hectare, com 2,1 milhões de hectares
plantados, e uma produção total prevista de 7,9 milhões de toneladas.

O gestor do acompanhamento de safra da Emater-MG, Thiago Emmanuel de Almeida, chama a atenção
para o fato de que, em Minas Gerais, não está havendo uma concorrência entre as lavouras de milho
e soja. De acordo com o acompanhamento realizado, em Minas Gerais, a área em produção de milho
primeira safra e a área em produção de soja vem aumentando. Isso ocorre, principalmente, porque o
cultivo da soja está entrando em áreas de pastagens degradadas ou em desuso, justifica Thiago.

Um exemplo de expansão das lavouras pelo Estado, em áreas que não tinham tradição no
cultivo de grãos, é Madre de Deus, no Campos das Vertentes. O município tinha uma produção de 4
mil toneladas de soja e 30 mil toneladas de milho, em 2012. Uma década depois, o salto na
produção é de impressionar. Em 2022, a colheita de soja foi de 36 mil toneladas e a de milho de
108 mil toneladas. Entrou muita área de pastagem degradada em produção em Minas, porque os
preços estão muito remuneradores e o sistema de integração lavoura pecuária (ILP) está sendo
mais utilizado. Tudo isso é muito positivo, pois envolve recuperação ambiental e mais renda para
o produtor, salienta Sérgio. Com informações da assessoria de comunicação da Emater-MG.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Dália Alimentos* - base leitão

R$ 7,00

Alibem - base creche e term.

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Alibem - base suíno leitão

R$ 6,60

BRF

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Estrela Alimentos - creche e term.

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Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,40

Pamplona* base term.

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Pamplona* base suíno leitão

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