Porto Alegre, 2 de março de 2021 – As lavouras de milho no Sul do País,
especialmente no Paraná e sobretudo em Santa Catarina, estão, uma vez mais,
sendo amplamente castigadas pela seca, bem como pela praga da cigarrinha, alerta
a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).
O inseto é vetor de doenças, provocadas por vírus e bactérias, que ao
contaminarem a planta, prejudicam o desenvolvimento, acarretando em má
formação, menos espigas e consequentemente menor produtividade e quebra na
produção.
De acordo com informações colhidas pela Abramilho junto a produtores
associados no estado, de uma estimativa inicial de produção em torno de 2,7
milhões de toneladas, a safra 2020/21 catarinense de milho deve chegar, no
máximo, a 1,5 milhão. “O produtor que plantou para colher 250 sacas por
hectare, vai colher 50, 60”, diz Cesario Ramalho da Silva, presidente
institucional da entidade.
Estima-se que o estado terá que importar cerca de cinco milhões de
toneladas de milho para o abastecimento interno. “Isso também levará ao
aumento nos custos de produção das agroindústrias”, alerta. Santa Catarina
é relevante polo produtor de proteína animal, principalmente suínos e frangos
de corte, sendo grande consumidor do grão sob a forma de ração animal.
O dirigente acentua, ainda, que muitos produtores venderam antecipadamente
a safra e que, pelas perdas de produção, terão dificuldades para honrar os
compromissos de entrega. “Diante do crítico cenário da temporada atual,
muitos produtores de milho já manifestaram interesse em trocar de cultura no
próximo ciclo.” As informações partem da assessoria de imprensa da
Abramilho.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45