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MILHO: SC investirá R$ 568,4 mil no combate à cigarrinha

9 de abril de 2021
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Porto Alegre, 9 de abril de 2021 – Com uma quebra de 20% na produção
esperada de milho, Santa Catarina cria soluções para minimizar os impactos da
cigarrinha-do-milho nas lavouras. A Secretaria de Estado da Agricultura, da
Pesca e do Desenvolvimento Rural investirá R$ 568,4 mil no Programa Monitora
Milho SC, focado em pesquisa, desenvolvimento e inovação que minimizem as
perdas e evitem o mesmo problema na próxima safra.

“A cigarrinha-do-milho causou prejuízos em praticamente todas as regiões
de Santa Catarina. E nós precisamos nos preparar, utilizando todas as
ferramentas disponíveis e em conjunto com o setor produtivo, para evitarmos
novos danos em nossas lavouras. O Programa Monitora Milho SC atuará em diversas
frentes, desde a pesquisa científica, até a orientação e emissão de
alertas para produtores rurais. É uma medida urgente”, destaca o secretário
da Agricultura Altair Silva.

O Programa Monitora Milho SC irá delimitar a presença da
cigarrinha-do-milho nas lavouras catarinenses, com o monitoramento constante e a
melhoria da comunicação com produtores. A intenção é criar mecanismos para
tornar possível a comunicação dos órgãos de defesa sempre que houver
sintomas de enfezamento em suas áreas, além de receber alertas quando houver
ocorrência de cigarrinha na região. A expectativa é observar 20 pontos em
todo o estado.

“Teremos um grande avanço no combate à cigarrinha e outras pragas do
milho em Santa Catarina. Nós temos a necessidade de acompanhar a evolução da
praga no estado, delimitar a sua ação e monitorá-la. Precisamos saber onde a
praga está, como ela está e como ela se propaga dentro do nosso território e,
com base nessas informações, podemos definir as estratégias para
combatê-la. A partir desses dados poderemos fazer a prevenção e o controle,
além de racionalizar o uso de defensivos”, explica o secretário adjunto
Ricardo Miotto.

Os recursos de meio milhão de reais serão repassados à Fundação de
Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), que
trabalhará em conjunto com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão
Rural de Santa Catarina (Epagri), para o desenvolvimento de ferramentas de
acompanhamento das lavouras, da evolução da cigarrinha e de formas adequadas
para conscientização dos produtores rurais.

O projeto foi aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Rural (Cederural)
durante reunião ordinária nesta quinta-feira, 8 de abril.

Conscientização dos produtores

O Programa Monitora Milho SC contempla ainda ações para conscientizar os
agricultores da importância de eliminar o milho “tiguera” no período de
outono/inverno, além de outras práticas culturais que podem reduzir os
impactos. É imprescindível que os produtores entendam que o manejo da
cigarrinha deve ser feito de forma regionalizada.

“De nada adianta uma propriedade fazer o controle e a outra não porque a
cigarrinha tem uma capacidade de voo de mais de 30 km. O monitoramento é muito
importante, mas é fundamental que todos os produtores estejam atentos e
contribuam com esse trabalho. Porque temos que atuar de forma regionalizada para
combater essa praga. Todos devem se unir nesse trabalho de manejo e controle”,
ressalta Ricardo Miotto.

Outras ações de combate à cigarrinha-do-milho

Desde setembro do ano passado, pesquisadores da área de fitossanidade da
Epagri/Cepaf estão capacitando técnicos das equipes de extensão rural e de
cooperativas para monitorar o problema, inclusive com a realização de testes
moleculares para avaliação de populações infectivas.

A Secretaria da Agricultura, Epagri, Udesc, Cidasc, Sindicato e
Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e a empresa
CropLife se uniram em um comitê multi-institucional buscando construir ações
pró-ativas e proposições técnicas para subsidiar as ações do Governo do
Estado e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Além disso, a Cidasc e a Epagri estão apoiando os produtores rurais na
elaboração dos laudos de renegociação de parcelas de financiamentos junto
aos bancos.

Impactos na safra de milho

A cigarrinha-do-milho vem causando estragos nas lavouras de Santa Catarina.
O estado, que esperava colher 2,9 milhões de toneladas, terá uma redução de
20% na produção esperada. Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento
Agrícola (Epagri/Cepa), os produtores catarinenses deixarão de colher mais de
800 mil toneladas de milho, principalmente nas regiões de Chapecó e São
Miguel do Oeste.

A cigarrinha-do-milho já esteve presente nos milharais de Santa Catarina
em outros períodos, porém em baixas populações ou taxas de incidência. O
que aconteceu na última safra foi que as condições ambientais favoreceram a
sobrevivência do milho voluntário (conhecido como tiguera) nas regiões de
menor altitude e encostas de rios. Há possibilidade ainda de ter acontecido um
fluxo de populações migrantes de outras regiões de cultivo para Santa
Catarina. As informações partem da Assessoria de Imprensa da Secretaria de
Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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