Porto Alegre, 6 de abril de 2021 – A cigarrinha-do-milho tem causado
estragos nas lavouras de Santa Catarina. As estimativas apontam para uma quebra
de 20% na produção esperada de milho, fechando em 2,07 milhões de toneladas.
A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural
trabalha em conjunto com a iniciativa privada, universidades e suas empresas
vinculadas para buscar soluções que minimizem as perdas e evitem o mesmo
problema na próxima safra.
“Os produtores que tiveram prejuízos devido ao ataque da cigarrinha podem
buscar a Cidasc e a Epagri para apoio na elaboração dos laudos de
renegociação de parcelas de financiamentos junto aos bancos. Já levamos essa
demanda também para o Ministério da Agricultura para que juntos possamos
apoiar os produtores rurais de Santa Catarina”, destaca o secretário de Estado
da Agricultura, Altair Silva.
Na última safra de milho de Santa Catarina sofreu com dois fenômenos
inesperados: a estiagem e a cigarrinha-do-milho. O estado, que esperava colher
2,9 milhões de toneladas, terá uma redução na produção esperada. Segundo o
Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), os produtores
catarinenses deixarão de colher mais de 800 mil toneladas de milho,
principalmente nas regiões de Chapecó e São Miguel do Oeste.
Governo do Estado trabalha em projeto de monitoramento
Desde setembro do ano passado, pesquisadores da área de fitossanidade da
Epagri/Cepaf estão capacitando técnicos das equipes de extensão rural e de
cooperativas para monitorar o problema, inclusive com a realização de testes
moleculares para avaliação de populações infectivas.
A Secretaria da Agricultura, Epagri, Udesc, Cidasc, Sindicato e
Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) e a empresa
CropLife se uniram em um comitê multi-institucional buscando construir ações
proativas e proposições técnicas para subsidiar as ações do Governo do
Estado e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O próximo passo é o investimento em um projeto de monitoramento da
cigarrinha-do-milho, visando delimitar a presença da praga em solo catarinense,
o monitoramento constante e a melhoria da comunicação com produtores. Será
possível comunicar os órgãos de defesa sempre que houver sintomas de
enfezamento em suas áreas e também receber alertas quando houver ocorrência
de cigarrinha na região. O grupo de trabalho espera monitorar 20 pontos em todo
o estado.
O projeto será submetido ao Conselho de Desenvolvimento Rural (Cederural)
na próxima reunião, que deve ocorrer ainda nesta semana.
Conscientização dos produtores
A cigarrinha-do-milho já esteve presente nos milharais de Santa Catarina
em outros períodos, porém em baixas populações ou taxas de incidência. O
que aconteceu na última safra foi que as condições ambientais favoreceram a
sobrevivência do milho voluntário (conhecido como tiguera) nas regiões de
menor altitude e encostas de rios. Há possibilidade ainda de ter acontecido um
fluxo de populações migrantes de outras regiões de cultivo para Santa
Catarina.
O grupo de trabalho estuda ações para conscientizar os agricultores da
importância de eliminar o milho “tiguera” no período de outono/inverno,
além de outras práticas culturais que podem reduzir os impactos. Com
informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura,
da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2021 – Grupo CMA
Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 14/08/2025 10:30