Porto Alegre, 07 de julho de 2022 – Nesta quarta-feira (06.07.22), o
Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
(Sindiavipar), representado pelo seu presidente, Irineo da Costa Rodrigues,
participou de uma série de audiências em Brasília para discutir os atuais
entraves existentes nas aduanas brasileiras à importação de milho paraguaio.
Os encontros foram realizados com o ministro da Economia, Paulo Guedes, com o
ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Marcos Montes, e com
o secretário especial da Receita Federal, Julio Cesar Vieira, acompanhados pelo
presidente de Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu, Danilo
Vendruscolo, o empresário Mário Camargo e o deputado federal, Vermelho.
Na ocasião foram expostas preocupações com a morosidade observada no
posto de fronteira entre Brasil e Paraguai. O atraso de caminhões, represados
em filas de espera na operação padrão de servidores da Receita Federal tem
causado prejuízos e transtornos à avicultura paranaense e aos produtores da
Região Sul do Brasil. Segundo Rodrigues, os relatos da situação causaram
perplexidade nas autoridades, que prometeram providências. “Eles foram muito
atenciosos com a avicultura paranaense e com os estados do Sul. Nós precisamos
de agilidade no posto entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este”.
O Presidente do Sindiavipar também ressaltou que a lentidão no translado
tem impactado na segurança dos negócios. “O Paraguai está colhendo milho e,
obviamente, quer fazer contratos com clientes, mas existe um receio de realizar
contratos de venda futura com o Brasil, afinal o país vizinho não tem
segurança sobre a capacidade da ponte em escoar os grãos com agilidade. Já
tivemos casos de caminhões parados por 12 dias na fila”.
O Brasil, que nesse momento colhe bons resultados do milho de 2 safra,
tem suas expectativas de abastecimento voltadas ao mercado externo, uma vez que
a guerra entre Ucrânia e Rússia favorece a competitividade das exportações
do País. “Outro ponto importante é que, cada vez mais, sobretudo no
Centro-Oeste, o grão é destinado à produção de etanol. Por isso, precisamos
contar com o fornecimento paraguaio”, esclarece Rodrigues.
O milho importado do Paraguai não só supre a cadeia nacional, permitindo
que o Brasil ganhe espaço nas exportações, como, também, oferece preços
mais baixos, possibilitando que o setor avícola, principal consumidor do grão,
possa diminuir seus custos de produção e contribuir para controlar a
inflação. Sendo assim, os gargalos precisam ser eliminados, dando agilidade ao
fluxo comercial. “As aduanas, equipadas na área fiscal pela Receita Federal
e na de Sanidade por auditores fiscais do Ministério de Agricultura, precisam
aprimorar seus recursos para garantir celeridade, pois aí estão gargalos que
estão prejudicando a atividade agropecuária no Brasil”, afirma.
Rodrigues reconhece a importância da classe trabalhadora pública, que
opera as aduanas. “São importantes, são treinados, são bons técnicos, mas
se há uma deficiência de pessoal, vamos ter que trabalhar juntos e resolver
isso. Temos que compreender os servidores neste sentido, mas não pode haver
prejuízos para todos os consumidores”, afirma, destacando que a alta da
inflação poderia ser mitigada se tivéssemos um fluxo de mercadoria mais
célere, conforme acontece em outros países.
Para o presidente do Sindiavipar, a expectativa, com a realização das
audiências é que o governo, através dos ministérios competentes, acompanhe
de perto o fluxo de mercadorias na fronteira. Rodrigues destaca que é
necessário atenção com as aduanas brasileiras, de uma forma geral, como nas
fronteiras do Uruguai e Argentina, que também sofrem as mesmas dificuldades.
“Esperamos uma repercussão positiva. Que o governo, através dos ministérios
competentes, venha olhar no detalhe como estão ocorrendo os fluxos aqui na
fronteira. O Sindiavipar, como entidade representativa, tem a obrigação de
entender e estudar estes assuntos, apontando possíveis soluções. E foi o que
fizemos”, finaliza Rodrigues.
As informações partem da assessoria de imprensa.
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