Porto Alegre, 21 de dezembro de 2016 – Uma pesquisa realizada pela
consultoria Spark em sete estados produtores revelou que, apesar da necessidade
de adotar áreas de refúgio para preservar a biotecnologia no campo, apenas 8%
dos produtores de milho o fazem de maneira adequada. A principal motivação
desses agricultores é a manutenção da eficiência, durabilidade da tecnologia
e diminuição de insetos resistentes ao Bt.
Há ainda 10% de produtores que fazem o refúgio de maneira equivocada, ou
seja, não utilizam o percentual correto de sementes não Bt ou implementam o
refúgio a uma distância maior que a indicada. Por isso, vale reforçar que
existe uma recomendação do Grupo Técnico-Científico sobre Manejo de
Resistência de Insetos-Praga a Proteínas Bt (GTMR), ligado ao Ministério da
Agricultura, Pecuário e Abastecimento (MAPA), de que pelo menos 10% do total da
área seja plantado com milho não Bt. É fundamental ainda que o milho não Bt
seja plantado, no máximo, a 800 metros de distância do milho Bt (distância
baseada na dispersão da lagarta-do-cartucho no campo).
Os produtores consultados pela Spark disseram que a principal desvantagem
em se fazer o refúgio é a dificuldade no manejo, problema que eles estão
buscando contornar com um melhor planejamento e monitoramento da safra. Mesmo
apontando algumas dificuldades para a adoção, durante o levantamento seis em
cada 10 produtores citaram espontaneamente que plantaram híbridos não Bt
visando fazer refúgio.
Mais informação
Quase 100% dos produtores entrevistados responderam que haviam sido
orientados sobre a área de refúgio. A maioria conta com o apoio de um
agrônomo da revenda ou o técnico da cooperativa. Em menor percentual também
foram citados como ponto de apoio o representante da empresa de semente e o
consultor ou agrônomo da propriedade.
Os agricultores também estão buscando informações sobre o refúgio de
forma ativa. Nesse sentido, a principal ferramenta utilizada tem sido a
participação em palestras e congressos, como os eventos que contam com a
organização e participação da equipe do Programa Boas Práticas
Agronômicas. Sites como o do Boas e das empresas de sementes também têm sido
usados como referência e fonte de informação para os agricultores.
A pesquisa mostrou que a maioria dos produtores acredita que em cinco anos
todos ou a maioria dos produtores estará fazendo refúgio de acordo com as
recomendações. Para que isso aconteça é preciso lembrar que o refúgio é
responsabilidade de todos. As informações partem da assessoria de imprensa da
GTMR.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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