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MSD: atentos aos prejuízos silenciosos

8 de setembro de 2020
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Em um contexto de produção altamente tecnificada, como é o caso da suinocultura, deixar de identificar situações de perda de produtividade do sistema não é uma opção. Desse modo, sabendo-se que a sanidade é decisiva para os retornos zootécnicos e econômicos da produção animal, é primordial que doenças que podem se manifestar de forma “silenciosa” ganhem atenção especial dos suinocultores.

Dentre estas doenças, está a ileíte, uma infecção intestinal causada pela bactéria Lawsonia intracellularis, a qual se estima que possa promover perdas entre USD 5,98 e 17,34 por suíno. A ileíte pode se manifestar na sua forma clínica aguda, mas é mais comum nas suas formas crônica ou subclínica, cujos sinais são sutis para sua identificação. Por esse motivo, é comum a doença não ser observada, e seu impacto na produção de suínos pode ser subestimado por muitos produtores.

Na infecção aguda, há sinais clínicos clássicos, como diarreia sanguinolenta, palidez e anorexia, facilmente identificados nos animais de terminação. Em contrapartida, sinais menos distintivos, como diarreia e diminuição de consumo, são observados nas infecções crônicas, enquanto as infecções subclínicas estão presentes sem a apresentação de sinais clínicos aparentes. Mesmo com suas divergências, todas as manifestações da ileíte estão relacionadas a perdas significativas de desempenho zootécnico dos animais.

As principais perdas de desempenho são lotes desuniformes, redução do ganho de peso diário (GPD) e piora da conversão alimentar (CA) dos animais. Grande parte do prejuízo causado pela doença vem do fato de que a ileíte, seja ela aguda, crônica ou subclínica, causa lesões nos intestinos dos suínos acometidos. Essas lesões são encontradas principalmente no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da absorção dos nutrientes, trazendo consequências negativas ao crescimento e ao desenvolvimento dos animais.

Em rebanhos positivos para a doença, outros prejuízos a campo encontrados são o aumento de mortalidade, do período de alojamento até o abate, e a necessidade de intervenção com antibióticos. Dependendo da categoria animal afetada, o impacto pode ser maior, como é o caso da doença em matrizes, ocorrendo o impacto da mortalidade e dos efeitos nos índices reprodutivos. É importante ressaltar que os prejuízos causados pela ileíte também podem se estender além dos obtidos nas granjas. No frigorífico, pode haver condenações intestinais durante a inspeção, a depender do grau das lesões provocadas pelo agente. As condenações intestinais causam impacto negativo no frigorífico pois produtos obtidos a partir do intestino desviado, como a mucosa intestinal e os envoltórios naturais, acabam sendo descartados, em vez de seguirem a sua destinação comercial, causando prejuízos econômicos substanciais.

Perdas adicionais relacionadas à doença devem ser sempre consideradas, portanto precisamos nos manter atentos e cogitar outras possibilidades de perda ainda desconhecidas, principalmente no frigorífico, onde a influência da doença é pouco estudada. Pensando nisso, mesmo os intestinos não condenados durante a inspeção podem apresentar integridade comprometida, em virtude das lesões causadas por Lawsonia intracellularis. Vale ressaltar que, uma vez aprovados na inspeção, os intestinos com provável comprometimento de integridade, inclusive da camada intestinal utilizada como envoltório natural, seguem para o setor de triparia.

Diante dessa possibilidade, há a hipótese de que a bactéria também possa estar associada a prejuízos durante a obtenção e a utilização de envoltórios naturais. Tripas frágeis ou com furos geram descartes de matéria-prima, além de desperdícios, como gastos com energia elétrica e com mão de obra devido à maior demora no processo de fabricação dos produtos embutidos.

Considerando as perdas provocadas pela ileíte, em qualquer de suas formas, é imprescindível que haja o controle eficiente do seu agente causador nas granjas de suínos. Dentre os métodos de controle destacam-se os recursos curativos com antibioticoterapia, medidas de biosseguridade e, por fim, o controle preventivo com a adoção de vacina. A vacinação é o método mais eficaz e econômico no controle da ileíte, além de contribuir para a redução do uso de antimicrobianos. Porcilis® Ileitis (MSD Saúde Animal) é uma vacina inativada de dose única indicada como ferramenta importante no controle da ileíte e na redução de colonização bacteriana e da duração de sua excreção fecal. Como resultado da vacinação, espera-se que a Porcilis® Ileitis seja capaz de mitigar os prejuízos a campo e possivelmente no frigorífico, decorrentes da ileíte causada pela Lawsonia intracellularis.

Conhecer amplamente os prejuízos, estar aberto a reconhecer perdas ainda ignoradas e prevenir que essas perdas aconteçam são, portanto, estratégias importantes para manter, além da saúde e do bem-estar dos animais, a saúde dos seus negócios.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
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Preço base - Integração

Atualizado em: 07/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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