A presença feminina está cada vez mais forte no setor suinícola. Nos últimos anos, além de se tornarem gestoras de suas próprias granjas, outros cargos também tem sido ocupados por elas.
Com essa evolução, elas estão envolvidas em todos os processos da produção, como a coleta de sêmen, análise, comercialização, inseminação, alimentação, inspeção, administração e gestão da produção de suínos.
Dentro de todas essas responsabilidades, encontramos uma diversidade de profissões, como médicas veterinárias, zootecnistas, biólogas, biomédicas, técnicas em agropecuária e suinicultoras, todas fundamentais e responsáveis para o desenvolvimento da suinocultura.
É o caso da bióloga, Patricia Teresinha Diedrich, que é encarregada do laboratório da Central de Coleta e Processamento de Sêmen (CCPS), e atua no setor há cerca de 10 anos.
“Lembro quando iniciei meu trabalho aqui na ACSURS, naquele período havia somente colegas do gênero masculino, não que isso me intimidava pois sempre houve respeito de ambos os lados. E hoje, somos entre quatro mulheres e cinco homens, que se dedicam diariamente para fazer um bom trabalho”, finaliza.
Através do trabalho dela em conjunto com a equipe, a CCPS é responsável pela produção e entrega de doses de sêmen suíno de qualidade a centenas de suinocultores.
Além dos veteranos, na suinocultura também tem espaço para aquelas que estão iniciando sua trajetória profissional, como é o caso da estudante de medicina veterinária, Jovana Ceretta.
Apaixonada pelo trabalho desenvolvido e já com experiência na área através de diversos estágios realizados, ela acredita em um futuro com mais valorização e respeito as mulheres.
“É muito bonito e inspirador ver cada vez mais mulheres ingressando e sendo referências na suinocultura. Antigamente víamos o cenário de forma desafiadora, hoje apenas alguns lugares e pessoas continuam relutantes ou ainda não valorizam como deveriam o trabalho das mulheres. Dessa forma, vejo que o setor vem mudando, todas as experiências que eu tive foram muito boas e fui muito bem acolhida em todos os lugares que passei. Cada vez mais é necessário valorizar e enaltecer o belíssimo trabalho feminino, em todos os elos do setor suinícola”, ressalta Jovana.
O resultado do trabalho realizado por profissionais como a Patricia e a Jovana que se identificam com o setor, resulta diretamente nos resultados obtidos pela suinicultora, Andreia Teresinha Casani Jordani, responsável por uma granja de creche em Rodeio Bonito.
Ela que lidera o negócio da família e se esforça diariamente para romper barreiras e acabar com o preconceito, acredita no potencial e na força da mulher que escolhe ser suinicultora.
“Hoje vejo já não estou só, quando analiso as propriedades que estão próximas a mim, acompanho outras mulheres, que também estão se destacando nas granjas de suas famílias”, complementa.
Andreia ainda destaca que características femininas como a organização influenciam e garantem bons resultados. “Como mulheres, aprendemos a ser organizadas, e isso faz com que tenhamos resultados positivos e mantenhamos a granja limpa e organizada, e ainda, conseguimos dar conta dos detalhes burocráticos no escritório e cuidar da casa e da família”, explica.
Com cerca de 2.700 leitões alojados, ela cuida sozinha da produção, e às vezes, conta com a ajuda das filhas, aos quais já ensina desde pequenas, que as mulheres podem estar onde quiserem, mesmo que, o caminho a ser traçado seja cheio de desafios.
Assim como Patrcia, Jovana e Andreia, muitas outras mulheres atuam no setor suinícola. Nem todas estão dentro do processo de produção, como é o caso de cargos administrativos e de marketing, que também desempenham um papel fundamental para a promoção da carne suína.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50