Agronegócio

Pará recebe certificado livre da aftosa

16 de maio de 2014
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O Estado do Pará vai receber da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, Paris/França), juntamente com outros sete Estados brasileiros, o reconhecimento de área totalmente livre de febre aftosa. A certificação internacional será repassada ao Brasil e ao Pará, por meio de representantes dos governos federal e estadual durante a 82º Assembleia Geral da OIE, que acontecerá em Paris (França), de 28 a 30 de maio deste ano, ocasião em que também serão celebrados os 90 anos do Brasil como membro fundador da organização internacional.
Além do Pará, os Estados de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Ceará, Paraíba e Maranhão também serão contemplados com o reconhecimento internacional de 100% livre de febre aftosa, fato que contribuirá significativamente com a economia brasileira e a dos respectivos Estados a partir do setor pecuarista.

A busca pela mudança de status sanitário passou pela determinação de investimentos tanto do governo do Estado do Pará, como do governo federal em torno das ações de defesa agropecuária e pela conscientização dos pecuaristas do Pará. Juntos, produtores e técnicos da defesa agropecuária cumpriram as etapas exigidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, Brasília/DF). Dessa forma, os municípios que integram as áreas II e III, Baixo Amazonas e Marajó tiveram suas propriedades reconhecidas como livre de febre aftosa.

No Pará, apenas os 44 municípios do sul e sudeste, que fazem parte da área I possuem o reconhecimento nacional e internacional como livres de febre aftosa, portanto, somente propriedades rurais desses municípios podem comercializar nacionalmente e exportar o gado para regiões que já possuem a certificação.

Novos status. Esse cenário começou a mudar efetivamente em agosto de 2013, ocasião em que se consumou o reconhecimento nacional por meio do Ministério da Agricultura. A certificação nacional oficializada em cerimônia realizada no município de Paragominas contou com a presença de representantes do Ministério da Agricultura, do governador Simão Jatene, da equipe de governo do setor produtivo, de Sálvio Freire e Mario Moreira, o atual e ex diretor da Adepará, respectivamente, e credenciou os demais municípios paraenses que integram as regiões nordeste, Baixo Amazonas e Marajó a buscar o reconhecimento internacional.

No próximo dia 28 de maio, esses municípios, que agora apresentam o status sanitário como livre de febre aftosa, recebem o reconhecimento internacional dos 187 países signatários da OIE.

Com a certificação internacional a ser conferida pela OIE, o gado paraense e dos demais Estados do nordeste brasileiro vão se igualar sanitariamente e economicamente aos bovinos dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.

Os dados da Adepará de 2013 confirmam que o efetivo bovino do Estado, que reúne as áreas I, II, e III e mais a Ilha do Marajó, já superou os 21 milhões de cabeças. Os 44 municípios que integram a área 1, por exemplo, somam juntos um efetivo bovino de 16.049.068 milhões de cabeças. Em relação a maio de 2013, o plantel cresceu aproximadamente 3% na referida região. Entre os municípios com potencial para pecuária que mais se destacam com relação ao quantitativo do bovino estão São Félix do Xingu (1), Marabá (2), Novo Repartimento (3) e Santana do Araguaia (4).

A cada ano, a participação brasileira no comércio internacional vem crescendo, com destaque para a produção de carne bovina, e também a suína e de frango. Segundo o Ministério da Agricultura, até 2020 a expectativa é que a produção nacional de carnes suprirá 44,5% do mercado mundial. Já a carne de frango terá 48,1% das exportações mundiais e a participação da carne suína será de 14,2%.

 

Fonte: Feed&food.

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