Segundo pesquisa realizada pelo grupo de estudos de políticas públicas do Instituto de Economia Agrícola (IEA), ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, os primeiros três meses de 2016, a carne suína apresentou uma redução de 17,6% no preço recebido pelo produtor, em comparação aos demais produtos de origem animal, o que se refletiu no preço ao consumidor final. Por meio do acompanhamento mensal dos valores dos alimentos, o Instituto destacou a diversidade e a variedade necessárias para atender ao exigente consumidor paulista, como informam os pesquisadores envolvidos no trabalho.
A pesquisa comparou ainda os preços dos alimentos nos últimos 12 meses, ou seja, de março de 2015 a março de 2016, concluindo que a proteína suína, que atualmente representa 0,37% do orçamento familiar do paulista, teve uma redução de 4,5% no preço ao produtor, sendo a opção de consumo mais vantajosa ao paulista, em termos econômicos, e superando a carne bovina.
A proteína originária dos bovinos, que por sua vez, representa 9,7% dos gastos do consumidor paulista com alimentação, teve um aumento nos preços no atacado em todos os cortes, exceto o peito bovino, na comparação dos últimos 12 meses. A maior variação no valor do produto no período foi constatada nos cortes de músculo e acém, mais consumidos pela população de menor poder aquisitivo, devido ao fraco movimento do consumo interno. De acordo com os autores do estudo, os maiores aumentos, em sua maioria praticados pelo mercado atacadista, ficaram muito acima da variação do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).
O frango, que também apresenta alto índice de consumo pelo brasileiro, registrou um aumento de 16,7% no preço para o produtor nos 12 últimos meses, o que de acordo com os pesquisadores do IEA, reflete a alta no preço do milho, principal insumo da ração utiliza na criação dos animais.
O preço dos ovos, alimento que representa 0,22% do que o paulistano gasta com alimentação, teve uma variação homogênea e muito acima da inflação medida pelo IPC-Fipe: 0,97% no mês, 3,26% no ano e 10,74% em 12 meses.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, o acompanhamento mensal dos preços de produtos realizado pelo IEA permite a formulação de políticas públicas eficientes e dá condições para que o produtor possa estabelecer estratégias. “É determinação do governador Geraldo Alckmin que o conhecimento gerado pelos institutos de pesquisa estejam ao alcance do pequeno e do médio produtor, criando oportunidades para que ele possa se desenvolver, aumentar a sua renda e ter maior qualidade de vida”, afirmou.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50