PETRÓLEO: Futuros aceleram altas e chegam a subir 1% com oferta apertada

Porto Alegre, 7 de junho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo aceleraram as altas e chegaram a subir mais de 1% com o mercado
pesando o sentimento de risco em relação às preocupações com a oferta e a
perspectiva de maior demanda após o relaxamento das restrições de covid-19 da
China.

O mercado ganhou apoio das expectativas de recuperação da demanda na
China, à medida que o país relaxa suas duras restrições para conter a
disseminação de coronavírus. Pequim e o centro comercial de Xangai voltaram
ao normal nos últimos dias, após dois meses de bloqueios dolorosos.

O sentimento otimista adicional veio das dúvidas dos analistas de que a
oferta restrita de petróleo seria aliviada pela decisão da Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados de antecipar os aumentos
na produção de petróleo.

O aumento de cota de produção do cartel é menor do que a perda de
petróleo russo resultante das sanções ocidentais e não resolve a escassez de
produtos petrolíferos, disseram analistas.

“As margens de refino globalmente sugerem que a gasolina e o diesel
continuam em forte demanda”, afirmam analistas da Oanda.

Além das preocupações com a oferta, a produção no campo petrolífero
de Sharara, na Líbia, foi interrompida novamente ontem após retomar
brevemente, segundo a Reuters.

A autorização do Departamento de Estado dos Estados Unidos para a Eni e a
Repsol começarem a enviar petróleo venezuelano para a Europa a partir de
julho para substituir os barris russos perdidos também pesou nos preços nos
últimos dias.

Somando-se ao sentimento de baixa, a Rússia está aumentando as
exportações de petróleo de seu porto oriental de Kozmino em cerca de um
quinto, segundo a Reuters.

Por volta de 12h00 (horário de Brasília), o preço do contrato do
petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para julho subia 0,74%, cotado a
US$ 119,40 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma
ICE, com entrega para agosto avançava 0,81%, cotado a US$ 120,43 o barril. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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