PETRÓLEO: Futuros acentuam quedas com mais oferta sendo bombeada

Porto Alegre, 30 de junho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo aceleraram as quedas, com o WTI chegando a perder quase 4% à medida
que os Estados Unidos aumentam sua produção e procura formas de expandir a
oferta da commodity.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu que em uma próxima
viagem à Arábia Saudita ele provavelmente falará com o príncipe herdeiro
Mohammed bin Salman, que comanda o setor energético do país. O mercado vê a
visita como um possível plano de Washington para convencer os sauditas a
bombear mais petróleo.

O grupo de produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep) e seus aliados, incluindo a Rússia, concordou em manter sua estratégia
de produção após dois dias de reuniões.

As sanções ao petróleo russo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia
ajudaram a elevar os preços da energia, alimentando a inflação e os temores
de recessão.

Os estoques de petróleo caíram 2,8 milhões de barris na semana até 24 de
junho, mostraram dados da Administração de Informação de Energia dos
Estados Unidos, superando em muito a queda de 569 mil barris prevista.

No entanto, os estoques de combustível aumentaram à medida que as
refinarias aumentaram a atividade, operando com capacidade quase total, a maior
nesta época do ano em quatro anos.

“O salto no estoque de gasolina ocorre porque as refinarias dos Estados
Unidos estão operando com mais de 95,0% da capacidade. Esta é uma taxa de
execução insustentável no médio prazo e os números subjacentes sugerem que
a situação da oferta está mais desafiadora do que nunca. Com a queda da
produção do Equador e da Líbia e nenhum progresso nas negociações nucleares
entre Europa e Irã, qualquer queda nos preços do petróleo deve ser
limitada”, explicam analistas da Oanda.

Há pouco, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com
entrega para agosto caía 3,48%, cotado a US$ 105,98 o barril. Já o preço do
contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para agosto regredia
1,43%, cotado a US$ 114,59 o barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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