PETRÓLEO: Futuros caem até 2% seguindo tendências pessimistas

Porto Alegre, 17 de março de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estenderam as
perdas do início da manhã e ambos os benchmarks caem até 2% em compasso com o pessimismo
alastrado nos mercados de ações dos Estados Unidos e Europa – contaminados com temores de uma
recessão bancária mais ampla.

Na semana, o WTI se encaminha para recuar 12%, após chegar a operar no positivo mais cedo. As
ações europeias e os índices dos Estados Unidos também estão no vermelho. O colapso do Silicon
Valley Bank (SVB) e os problemas no Credit Suisse, agravados pela cobertura de opções de
petróleo, desencadearam uma queda que levou os preços ao menor nível em 15 meses.

Embora bancos como Credit Suisse e First Republic Bank tenham recebido linhas de crédito, há
preocupação de que a turbulência ainda não tenha terminado.

A situação não é tão terrível quanto o que está sendo precificado, mas existe a
preocupação de que o petróleo não seja um lugar tão seguro quanto o dólar ou o ouro, disse
John Kilduff, sócio da Again Capital LLC em Nova York.

O mercado de petróleo, no entanto, atraiu algum suporte da reunião da Arábia Saudita e dos
chefes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, conhecidos como
Opep+, para discutir os esforços do grupo para “promover o equilíbrio e a estabilidade do
mercado”.

Analistas acreditam que a Opep+ monitorará o mercado de perto e só deverá agir caso o Brent
caia abaixo de US$ 70 por barril por um período sustentado, de acordo com a consultoria do setor
FGE.

A Energy Aspects disse que o grupo de produtores provavelmente esperará que os mercados
financeiros se acalmem antes de decidir se reagirá. A próxima reunião do cartel está marcada
para o dia 3 de abril.

Por volta de 113h29 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para abril caía 1,75%, cotado a US$ 67,16 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para maio regredia 1,83%, cotado a US$ 73,30 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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