PETRÓLEO: Futuros caem até 4% com queda na atividade industrial da China e do Japão

Porto Alegre, 1o de agosto de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo aceleraram as
quedas nos preços desta manhã, motivados pelos dados fracos da indústria da China e do Japão
pesando sobre as perspectivas de demanda, enquanto os investidores se preparam para a reunião desta
semana da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Os novos bloqueios de covid-19 acabaram com a breve recuperação da atividade industrial na
China, o maior importador de petróleo bruto do mundo. O índice de gerentes de compras de
manufatura (PMI) caiu para 50,4 em julho, ante 51,7 no mês anterior, bem abaixo das expectativas
dos analistas, mostraram dados de hoje.

Indicadores também mostraram que a atividade manufatureira japonesa expandiu em sua taxa mais
fraca em 10 meses em julho.

“A China já estava enfrentando um desafio difícil, para dizer o mínimo, em relação à sua
meta de crescimento este ano e o fato de que a atividade manufatureira está desacelerando novamente
não é um bom presságio, disse Craig Erlam, analista da Oanda.

A Opep e aliados, incluindo a Rússia, conhecidos como Opep+, se reúnem essa semana para
decidir sobre a produção de setembro. Duas das oito fontes da Opep+ em uma pesquisa da Reuters
disseram que um aumento modesto para setembro seria discutido na reunião de 3 de agosto. O restante
disse que a produção provavelmente será mantida estável. No início de agosto, a Opep+
recuperará todos os cortes de produção feitos na pandemia de covid-19.

A reunião ocorre depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, visitou a Arábia
Saudita no mês passado.

Também pesou nos preços o aumento da produção de petróleo da Líbia, que atingiu 1,2
milhão de barris por dia (bpd), acima dos 800 mil bpd de 22 de julho, após a suspensão de
bloqueio a várias instalações petrolíferas.

Por volta de 10h07 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro caía 4,71%, cotado a US$ 94,02 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro regredia 3,50%, cotado a US$ 100,19 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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