PETRÓLEO: Futuros caem com possível retirada de sanções da Venezuela

Porto Alegre, 17 de maio de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo caíram 2%, depois de subirem no início da sessão, após notícias
de que os Estados Unidos aliviariam algumas restrições ao governo da
Venezuela.

Os preços deflacionaram ainda mais após comentários do presidente do FED,
Jerome Powell, de que poderia haver alguma dor econômica envolvida para reduzir
a inflação. O banco central dos EUA “continuará pressionando” para apertar
a política monetária dos EUA até que fique claro que a inflação está
caindo, disse ele. consulte Mais informação

“Alguns desses comentários moderaram o entusiasmo de compra do lado do
petróleo”, disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.

O petróleo Brent caiu US$ 2,31, ou 2%, para US$ 111,93 por barril, e o
petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) caiu US$ 1,8, ou 1,6%, para US$
112,40 por barril.

A Reuters informou que fontes disseram que o governo do presidente dos EUA,
Joe Biden, autorizará na terça-feira a empresa petrolífera dos EUA Chevron
Corp (CVX.N) a negociar com o governo do presidente venezuelano, Nicolás
Maduro, suspendendo temporariamente a proibição de tais discussões.

Antes disso, o Brent havia subido para uma alta da sessão de US$ 115,69, a
maior desde 28 de março. O WTI atingiu US$ 115,56 por barril, maior desde 24 de
março. Reforçando essas máximas da sessão, estão as notícias de que os
ministros das Relações Exteriores da UE falharam na segunda-feira em seu
esforço para pressionar a Hungria a suspender seu
veto ao proposto embargo de petróleo. Mas alguns diplomatas agora apontam para
uma cúpula de 30 a 31 de maio como o momento para um acordo sobre uma
proibição gradual do petróleo russo.

Os números mostraram que, em abril, a Opep e nações aliadas, incluindo a
Rússia, produziram muito abaixo dos níveis exigidos por um acordo para aliviar
gradualmente os cortes recordes de produção feitos durante o pior da pandemia
em 2020.

Este mês, as entregas não russas no porto polonês de Gdansk atingiram o
nível mais alto em pelo menos sete anos, com a troca de refinarias no leste da
Alemanha e na Polônia.

“Em última análise, esta é uma história do lado da oferta”, disse
Fawad Razaqzada, analista do City Index. “A menos que a Opep e seus aliados
aumentem a produção e rápido, é difícil ver como os preços podem cair
significativamente.”

Os dados da indústria dos EUA sobre os estoques devem ser divulgados ainda
nesta terça-feira, com relatórios semanais esperados para mostrar um aumento
nos estoques de petróleo e uma queda nos estoques de gasolina.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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