PETRÓLEO: Futuros caem ligeiramente em sessão volátil

Porto Alegre, 28 de abril de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo estão em queda nesta manhã, após subirem e posteriormente caírem
novamente, à medida que os investidores permanecem cautelosos sobre a
restrição na oferta, porém atentos à diminuição da demanda de combustível
na China, o maior importador de petróleo do mundo, devido às restrições
contra o avanço da covid-19.

O Departamento de Energia dos Estados Unidos disse que os estoques de
petróleo subiram apenas 692 mil barris na semana passada, aquém das
expectativas, enquanto os estoques de destilados, que incluem diesel e
combustível a jato, caíram para o menor nível desde maio de 2008.

A capital da China, Pequim, fechou alguns espaços públicos e intensificou
as verificações em outros locais hoje, quando a maioria dos 22 milhões de
habitantes da cidade embarcou em testagens em massa com o objetivo de evitar um
lockdown semelhante ao de Xangai.

“Na Ásia, os preços do petróleo caem devido ao início das testagens em
massa em torno de Pequim e o bloqueio parcial da cidade portuária Qinhuangdao,
e o artigo do Financial Times sugerindo que as principais empresas europeias de
energia cumprirão as exigências da Rússia para o pagamento em rublos”,
explicam analistas da Oanda.

A maior refinaria de petróleo da Ásia, a Sinopec espera que a demanda da
China por produtos petrolíferos refinados se recupere no segundo trimestre, à
medida que os surtos de covid no país estão sendo gradualmente controlados.

Analistas também apontam que uma desaceleração do crescimento global
devido aos preços mais altos das commodities e uma escalada no conflito
Rússia-Ucrânia poderia agravar ainda mais as preocupações sobre a demanda
por petróleo.

Uma pesquisa da Reuters com mais de 500 economistas mostrou que a economia
global se expandirá mais lentamente do que o previsto há três meses. As
previsões medianas para o crescimento global coletadas sobre mais de 45
economias foram cortadas para 3,5% este ano e 3,4% para 2023, ante 4,3% e 3,6%
em uma pesquisa de janeiro.

Enquanto isso, no Japão, outro grande comprador de petróleo, o banco
central manteve hoje seu programa de estímulo maciço e uma promessa de manter
as taxas de juros ultra baixas, para apoiar uma economia frágil, mesmo com
aumentos acentuados nos custos de matérias-primas pressionarem a inflação.

Por volta de 10h40 (horário de Brasília), o preço do contrato do
petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para maio caía 0,04%, cotado a US$
101,97 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE,
com entrega para junho regredia 0,27%, cotado a US$ 105,03 o barril. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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