PETRÓLEO: Futuros caem mais de 2% com receio de queda de demanda; WTI está a menos de US$ 80

Porto Alegre, 18 de novembro de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em
queda nesta manhã, com investidores receosos com uma recessão econômica e queda de demanda,
especialmente na China.

A cotação do petróleo havia começado o dia em leve alta, mas no decorrer do dia a
preocupação com os temores de recessão começaram a se avolumar. “Os preços do petróleo
continuam recuando no contexto de perspectivas econômicas cada vez mais sombrias e aumento de casos
de Covid na China, que arriscam mais restrições e bloqueios, ameaçando a demanda na segunda maior
economia do mundo”, afirma Craig Erlam, analista sênior de mercados da Oanda.

Embora as autoridades chinesas estejam pensando em flexibilizar as regras de Covid-zero, a China
vem enfrentando um aumento muito grande de casos da doença nas últimas semanas. “As autoridades em
Guangzhou estão adotando uma abordagem mais leve até agora. Mais da metade da cidade não está
sob nenhuma forma de ordem de permanência em casa. Mas eles também estão se preparando para
endurecer se necessário e estão construindo 250.000 leitos de quarentena”, afirma Julian
Evans-Pritchard, economista sênior para a China da Capital Economics.

Outro detalhe que está sendo levado em consideração é o posicionamento de dirigentes do
Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a respeito do controle inflacionário e a
perspectiva, cada vez menor, de diminuição na intensidade do aumento das taxas de juros pelo
banco. “O fato é que as autoridades do Fed parecem não querer recuar de sua postura agressiva em
direção a mais aumentos de taxas especificamente destinados a matar a demanda a fim de conter
inflação”, continua Erlam.

Por volta de 10h55 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para dezembro caía 2,49%, cotado a US$ 79,60 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para janeiro recuava 2,53%, cotado a US$ 87,51 o
barril. As informações da Agência CMA.

Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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