Porto Alegre, 6 de julho de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em leve
queda nesta manhã, com os traders aguardando pelos números oficiais dos estoques da commodity dos
Estados Unidos para avaliar se a oferta ficará tão restrita quanto esperado nos últimos dias.
Ontem, o grupo American Petroleum Institute (API), que reúne as refinarias norte-americanas,
divulgou que seus dados mostraram uma alta de 1,6 milhão de barris nos estoques de petróleo do
país, o que deixou o mercado preocupado.
Segundo fonte da Dow Jones, os estoques em Cushing, Oklahoma – onde as entregas físicas são
realizadas subiram em 300 mil barris. Já os estoques de gasolina subiram em 1,6 milhão de barris e
de derivados subiram em 600 mil barris.
Analistas esperam que os dados oficias do administração de informações de energia do governo
dos Estados Unidos, que saem às 12h, mostrem uma queda de 1,6 milhão de barris para o petróleo,
queda de 900 mil barris para a gasolina e alta de 300 mil barris para os demais derivados.
Os principais exportadores de petróleo, Arábia Saudita e Rússia, anunciaram uma nova rodada
de cortes na produção para agosto. Os cortes totais agora são de mais de 5 milhões de barris por
dia (bpd), o que equivale a 5% da produção global de petróleo.
De acordo com a Reuters, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deve
manter uma visão otimista sobre o crescimento da demanda de petróleo para o próximo ano quando
publicar sua primeira perspectiva para 2024 este mês, prevendo uma desaceleração a partir deste
ano, mas ainda um aumento acima da média.
Ministros da Opep e executivos de empresas petrolíferas disseram em uma conferência de dois
dias em Viena que os governos precisam desviar sua atenção da oferta para a demanda.
Em vez de pressionar os produtores de petróleo a reduzir a oferta, o que os chefes das empresas
globais de energia dizem que serve apenas para aumentar os preços, os governos devem mudar o foco
para limitar a demanda de petróleo para reduzir as emissões, disseram eles.
No curto prazo, o analista da PVM Tamas Varga espera que os preços se fortaleçam.
“O equilíbrio do petróleo provavelmente ficará mais apertado, assim como as condições
financeiras, a julgar pelas atas do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano)
divulgadas ontem à noite”, disse ele. “As preocupações persistentes com a recessão provavelmente
irão atrapalhar, mas não impedir, que o petróleo suba.”
O mercado espera que as taxas de juros nos Estados Unidos e na Europa subam ainda mais para
domar a inflação alta, enquanto os temores de uma recessão global foram intensificados por
pesquisas recentes que mostram que a atividade industrial e de serviços na China e na Europa
desacelerou.
Atas divulgadas ontem mostraram que o Fed concordou em manter as taxas estáveis em sua reunião
de junho para ganhar tempo e avaliar a necessidade de novos aumentos, embora a maioria dos
participantes esperasse que eventualmente precisassem apertar ainda mais a política monetária.
Por volta de 10h03 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para agosto caía 0,18%, cotado a US$ 71,61 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro regredia 0,35%, cotado a US$ 76,38 o
barril.
As informações são da Agência CMA.
Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50