PETRÓLEO: Futuros estão em queda à frente de decisão do Fed

Porto Alegre, 27 de julho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo caíram após
iniciarem o dia em alta, com o aumento iminente da taxa básica de juros pelo Federal Reserve (Fed,
o banco central norte-americano) pesando mais que o relatório de estoques mais baixos nos Estados
Unidos e cortes nos fluxos de gás russo para a Europa.

Junto com a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre as taxas de
juros, hoje certamente será uma sessão pesada centrada nos Estados Unidos, afirmam analistas da
PVM.

Mais tarde, às 15h, o Fed deve divulgar nova decisão de política monetária, aumentando a
taxa básica de juros do país em 0,75 ponto percentual (pp).

Um grande aumento da taxa aumentaria a preocupação com as perspectivas de demanda e um dólar
mais forte, o que tornaria as commodities denominadas em dólar mais caras para outros detentores de
moeda.

O grupo industrial American Petroleum Institute (API) disse ontem que os estoques de petróleo
caíram 4 milhões de barris, quatro vezes a queda prevista. Os números oficiais da administração
de informações de energia do governo dos Estados Unidos serão divulgados às 11h30.

O petróleo disparou em 2022, atingindo uma alta de 14 anos de US$ 139 o barril em março,
depois que a invasão da Ucrânia pela Rússia aumentou as preocupações com a oferta e a demanda
se recuperou da pandemia.

Desde então, as preocupações com a desaceleração econômica e o aumento das taxas de juros
pesaram, apesar das interrupções no fornecimento na Líbia e na Nigéria e cortes nos fluxos de
gás russo para a Europa.

Os fluxos de gás através do gasoduto Nord Stream 1 caíram para um quinto da capacidade,
enquanto a italiana Eni disse que receberá volumes menores da russa Gazprom.

Por volta de 10h13 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro caía 0,10%, cotado a US$ 94,80 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro regredia%, cotado a US$ 104,26 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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