PETRÓLEO: Futuros fecham em baixa com medo de recessão afetando demanda

Porto Alegre, 23 de junho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo fecharam em queda, após uma manhã de alta volatilidade entre ganhos
e perdas, com os temores de recessão e queda da demanda atingiram o sentimento
dos traders.

“O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome
Powell, disse hoje que o banco central não estava tentando projetar uma
recessão para parar a inflação, mas estava totalmente comprometido em colocar
os preços sob controle, mesmo que isso desencadeasse uma recessão
econômica”, dizem analistas da Capital Economics.

Recessões muitas vezes trazem uma queda nos preços do petróleo à medida
que os gastos dos consumidores caem, reduzindo a demanda por combustível. O
preço do barril de petróleo caiu de US$ 139 para US$ 39 em menos de um ano
após a crise financeira de 2008.

Enquanto o petróleo subiu para quase US$ 140 o barril depois que a Rússia
invadiu a Ucrânia em fevereiro, o Brent caiu 7,8% – para US$ 107 o barril este
mês, à medida que os investidores se preocupam com uma desaceleração
econômica.

Enquanto isso, a Rússia continua a encontrar clientes alternativos para o
seu petróleo. O presidente Vladimir Putin disse que o país está
redirecionando suas exportações comerciais e de petróleo para países dos
Brics na esteira das sanções ocidentais após o conflito na Ucrânia.

As importações chinesas de petróleo da Rússia em maio aumentaram 55% em
relação ao ano anterior e atingiram suas máximas recordes. Enquanto isso, o
presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao Congresso que aprove uma
suspensão de três meses do imposto federal sobre a gasolina para ajudar a
combater os preços recordes e fornecer alívio temporário para as famílias
americanas.

O preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para
agosto caiu 1,85%, cotado a US$ 104,27 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para agosto regrediu 1,60%,
cotado a US$ 110,05 o barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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