PETRÓLEO: Futuros operam com mais de 1% de alta apoiados em EUA e sauditas

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2021 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo operam com mais de 1% de elevação, impulsionados pelo estreitamento
da oferta nos Estados Unidos, às enormes chinesas e um corte no fornecimento de
petróleo da Arábia Saudita.

Esses três componentes combinados estão ajudando a compensar as pressões
exercidas pela demanda por combustível, que está diminuindo devido ao atraso
no lançamento de vacinas e novas variantes mais contagiosas do novo
coronavírus.

Nesta semana, o Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgou uma
baixa de 9,9 milhões de barris nas reservas de petróleo do país ante uma
expectativa de alta marginal.

Na semana que vem, a Arábia Saudita deve cortar a produção em 1 milhão
de barris por dia (bpd) até março dentro de um esforço adicional no âmbito
da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados
para ajustar a equilibrar o mercado e sustentar as cotações.

Os dois fatores ajudam a compensar as preocupações com a demanda em meio
a um aumento nas infecções por covid-19 com novas variantes contagiosas, um
lançamento mais lento de vacinas na Europa e restrições de viagens em países
como a China – um dos maiores importadores de petróleo do mundo e que elevou
muito as suas compras no final do ano passado.

“Podemos até ver alguma retração dos preços no curto prazo, mas acho
que o corte saudita e o enfraquecimento do dólar têm potencial para levar o
Brent para a casa dos US$ 60 o barril no médio prazo”, disse o estrategista de
commodities da ING, Warren Patterson.

Por volta de 11h25 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI
negociado na Nymex com entrega para março subia 1,24%, cotado a US$ 52,99 o
barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com
entrega no mesmo mês avançava 1,26%, cotado a US$ 56,23 o barril. As
informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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