PETRÓLEO: Futuros operam em alta com dólar mais fraco e ameaças na oferta

Porto Alegre, 25 de julho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em alta,
impulsionados por um dólar um pouco mais fraco e mercados de ações mais fortes em meio a um
mercado afetado pelos temores de oferta e expectativas de que o aumento das taxas de juros dos
Estados Unidos enfraqueceria a demanda por combustível.

Um dólar americano um pouco mais fraco e a melhora dos mercados de ações estão apoiando o
petróleo, afirmam analistas da UBS.

Os preços dos contratos futuros têm sido voláteis nas últimas semanas, com os traders
tentando conciliar as possibilidades de novos aumentos nas taxas de juros, o que poderia limitar a
atividade econômica e, assim, reduzir o crescimento da demanda de combustível, contra a oferta
apertada e interrupções no comércio de petróleo russo por causa das sanções ocidentais em meio
ao conflito na Ucrânia.

Autoridades do Fed indicaram que o banco central provavelmente aumentaria as taxas em 0,75
ponto percentual (pp) em sua reunião de 26 a 27 de julho.

A China, a segunda maior economia do mundo, perdeu por pouco uma contração no segundo
trimestre, crescendo apenas 0,4% ano a ano.

Mas um prêmio acentuado no primeiro mês em comparação com o segundo mês continua a
sinalizar um aperto de oferta no curto prazo.

A Corporação Nacional de Petróleo da Líbia disse que pretende trazer de volta a produção
para 1,2 milhão de barris por dia (bpd) em duas semanas, dos atuais 860 mil bpd.

Mas os analistas esperam que a produção da Líbia permaneça volátil, já que as tensões
ainda são altas após confrontos entre facções políticas rivais no fim de semana.

A oferta apertada contínua também segue expectativas de que a oferta de petróleo russa
diminuirá nos próximos meses, pois os planos amplamente esperados de um teto de preço do
petróleo russo podem ter o efeito oposto”, afirmam especialistas do ING.

A União Europeia disse na semana passada que permitiria que empresas estatais russas enviassem
petróleo para terceiros países sob um ajuste de sanções acordado pelos Estados membros na semana
passada com o objetivo de limitar os riscos à segurança energética global.

No entanto, a presidente do Banco Central da Rússia, Elvira Nabiullina, disse na sexta-feira
que a Rússia não forneceria petróleo a países que decidiram impor um teto de preço ao seu
combustível.

Por volta de 13h11 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro subia 1,60%, cotado a US$ 96,23 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para setembro avançava 1,54%, cotado a US$ 104,76
o barril.

As informações partem da Agência CMA

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