PETRÓLEO: Futuros operam em alta com possíveis cortes da Opep ainda impulsionando preços

Porto Alegre, 25 de agosto de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em
alta, influenciados principalmente pela perspectiva da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep) cortara produção em breve. No entanto, os ganhos são limitados devido à
perspectiva de um acordo nuclear com o Irã e os sinais mistos passados pelo recente relatório de
estoques dos Estados Unidos.

Comentários feitos na segunda-feira pelo ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin
Salman, sobre uma desconexão entre os mercados futuros e físicos, nos quais ele sinalizou a
possibilidade de a Opep e seus aliados cortarem a produção, ajudaram a elevar os preços do
petróleo para máximas de três semanas.

“A sugestão de que o preço não se alinhava com os fundamentos e que a Opep+ poderia cortar a
produção claramente teve o efeito desejado”, disse Craig Erlam, analista da Oanda. “Também pode
dificultar a chance dos preços caírem abaixo de US$ 90 no curto prazo, a menos que um acordo
nuclear seja feito”, acrescentou.

As negociações entre a União Europeia, os Estados Unidos e o Irã para reviver o acordo
nuclear de 2015 continuam, com o Irã dizendo que recebeu uma resposta dos Estados Unidos ao texto
“final” da UE.

A queda nos estoques de petróleo e produtos dos Estados Unidos também contribuiu para a
pressão sobre os preços. Os estoques de petróleo caíram 3,3 milhões de barris na semana para 19
de agosto em 421,7 milhões de barris, mais do que as expectativas dos analistas de uma queda de 500
mil barris. No entanto, a redução nos estoques de gasolina menor do que o esperado mostra que a
demanda está morna.

Por volta de 9h16 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para outubro subia 0,37%, cotado a US$ 95,24 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro avançava 0,60%, cotado a US$ 101,82 o
barril. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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