PETRÓLEO: Futuros operam em baixa; preocupação com demanda continua

Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo continuam
operando em baixa nesta manhã, com investidores preocupados com uma queda na demanda e mais aumento
nas taxas de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

De acordo com relatório publicado ontem (14) pela American Petroleum Institute (API), os
estoques de petróleo dos Estados Unidos subiram em 10,5 milhões de barris na semana passada.
“Simplificando, os Estados Unidos estão nadando em petróleo”, disse Stephen Brennock, da corretora
de petróleo PVM. Logo mais, às 12h30 (horário de Brasília), o departamento de Energia dos
Estados Unidos divulgará a posição dos estoques de petróleo.

Por outro lado, o Oil Market Report, relatório da Agência Internacional de Energia (AIE),
divulgado hoje, prevê que haverá um aumento na demanda pela commodity em 2 milhões de barris de
petróleo por dia (bpd) em 2023, impulsionados pela China, com um aumento de 900 mil bpd.

“A China responde por quase metade do aumento projetado de 2 milhões de bpd este ano, com os
países vizinhos também se beneficiando depois que Pequim abandonou suas políticas de Covid-zero”,
afirma o relatório.

As declarações de dirigentes do Fed nos últimos dias têm sido mais duras sobre a
continuidade dos aumentos nas taxas de juros, especialmente depois da divulgação do índice de
preços ao consumidor de janeiro, publicado ontem. Houve uma alta de 0,5% em base mensal, e 6,4% em
base anual.

“Ainda temos um caminho a percorrer para atingir o equilíbrio entre oferta e demanda. E
provavelmente implicará um período de crescimento moderado e algum abrandamento das condições do
mercado de trabalho”, disse o presidente do Fed Nova York, John Williams, ontem.

Por volta de 9h51 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para março caía 1,03%, cotado a US$ 78,27 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para abril regredia 0,84%, cotado a US$ 84,86 o
barril. As informações são da Agência CMA.

Revisão: Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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