PETRÓLEO: Futuros operam em queda, mas permanecem próximos de preço máximo do ano

Porto Alegre, 16 de janeiro de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em
queda, mas se mantém nos níveis mais altos desde o início do ano, devido ao otimismo de que a
reabertura da China aumentará a demanda por combustível no maior importador mundial de petróleo.

Ambos os contratos subiram mais de 8% na semana passada, o maior ganho semanal desde outubro,
depois que as importações de petróleo bruto da China aumentaram 4% na comparação anual em
dezembro, enquanto as viagens do Ano Novo Lunar iluminam as perspectivas para os combustíveis de
transporte.

Os níveis de tráfego na China continuam a se recuperar de níveis recordes baixos após o
relaxamento das restrições de covid-19, resultando em uma demanda mais forte por petróleo e
produtos petrolíferos, disseram analistas do ANZ em nota.

A recuperação da demanda doméstica deve levar a uma queda de 40% nas exportações chinesas
de derivados de petróleo refinados em janeiro em relação aos números de dezembro, lideradas pela
gasolina, disseram fontes comerciais e analistas.

Embora ainda haja muito otimismo em torno da demanda chinesa, no curto prazo o mercado de
petróleo permanece relativamente bem abastecido, disseram analistas do ING em nota. Vemos mais
vantagens em relação ao 2T23, à medida que o mercado aperta.

Nesta semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Agência Internacional
de Energia divulgarão seus relatórios mensais, acompanhados de perto pelos investidores quanto à
demanda global e às perspectivas de oferta.

Os investidores também estarão atentos a uma importante reunião do Banco do Japão (BOJ)
nesta semana para determinar se ele defenderá sua política de estímulo superdimensionada.

Por volta de 10h15 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para fevereiro caía 0,68%, cotado a US$ 79,28 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para março regredia 0,79%, cotado a US$ 84,60 o
barril. As informações são da Agência CMA.

Revisão:Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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