PETRÓLEO: Futuros operam em queda puxados por dólar alto e mercado de ações

Porto Alegre, 5 de maio de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo reverteram as altas da manhã, quando chegaram a subir 2%, e passam a
operar em queda depois que o mercado de ações dos Estados Unidos começou a
ruir logo após a abertura do mercado, com os investidores temerosos com o
crescimento econômico em meio a um cenário de juros mais altos.

Ambos os benchmarks operavam em alta que chegou perto dos 3%, após a
decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus
aliados liderados pela Rússia, conhecidos como Opep+, decidirem aumentar sua
produção em apenas 432 mil barris por dia (bpd), apesar dos clamores de
diversos países por um crescimento maior na oferta.

O aumento do dólar é outro fator que impulsiona a queda no petróleo,
depois do aumento de 0,5% na taxa básica de juros do Federal Reserve (Fed, o
banco central americano) fez dos juros projetados do Tesouro dos Estados Unidos
dispararem.

Outro limitador para os ganhos foi o comentário do diretor executivo da
AIE, Fatih Birol, sobre os membros estarem em posição de liberar mais estoques
de petróleo ao mercado, se necessário.

Os comentários ocorrem em meio ao problema na oferta global de petróleo.
Ontem, a União Europeia divulgou uma proposta de sanções ao óleo da Rússia,
que precisa de apoio unânime dos 27 países-membros. A medida também inclui a
eliminação das importações de produtos refinados até o final de 2022, e a
proibição de todos os serviços de transporte e seguro para o transporte de
petróleo russo.

“A ministra francesa da Energia, Barbara Pompeii, disse estar confiante de
um consenso da UE sobre um embargo de importação de petróleo russo até o
final desta semana”, afirma o analista do Price Futures, Phil Flynn.

Por volta de 14h08 (horário de Brasília), o preço do contrato do
petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para junho caía 0,05%, cotado a
US$ 107,63 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma
ICE, com entrega para junho recuava 0,33%, cotado a US$ 109,77 o barril. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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