PETRÓLEO: Futuros operam mistos com ameaças à oferta e dólar forte

Porto Alegre, 22 de março de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo operam sem direção comum nesta manhã devido a um dólar mais forte,
o potencial embargo de petróleo da União Europeia à Rússia e preocupações
com ataques a instalações petrolíferas sauditas.

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia estão divididos
sobre se devem se juntar aos Estados Unidos na proibição do petróleo russo.
Alguns países, incluindo a Alemanha, dizem que o bloco é muito dependente dos
combustíveis fósseis da Rússia para tal passo.

O petróleo ontem foi pressionado por um dólar mais forte após
comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano), Jerome Powell, que sinalizaram um aperto mais agressivo da
política monetária do que o previsto anteriormente.

Um dólar forte torna o petróleo mais caro para outros detentores de moeda
e tende a pesar no apetite ao risco.

“A palavra ‘transitória’ em relação à inflação é uma memória
distante, principalmente devido ao aumento dos preços das commodities”,
afirmam analistas do PVM. “Os bancos centrais, liderados pelo Federal Reserve,
estão prontos para aumentar significativamente o custo dos empréstimos.”

O Brent atingiu US$ 139 o barril, o maior desde 2008, no início deste
mês. Ameaças ao fornecimento de ataques do grupo Houthi do Iêmen, alinhado ao
Irã, às instalações sauditas de energia e dessalinização de água
adicionaram apoio.

Por volta de 10h04 (horário de Braília, o preço do contrato do petróleo
WTI negociado na Nymex com entrega para abril caía 0,03%, cotado a US$ 112,08
o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com
entrega para maio avançava 0,39%, cotado a US$ 116,10 o barril. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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