PETRÓLEO: Futuros operam perto da estabilidade com traders lutando contra tendência de baixa

Porto Alegre, 8 de agosto de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão em
crescimento, mas próximos da estabilidade após iniciarem o dia com fortes quedas devido a dados
fracos da China ameaçando a demanda.

O mercado tenta lutar contra as tendências de baixa, com a oferta mais apertada oferecendo
algum tipo de apoio para os traders.

Mais cedo, o governo chinês divulgou que as importações de petróleo da China em julho
caíram 18,8% em relação ao mês anterior, para a taxa diária mais baixa desde janeiro, mas ainda
aumentaram 17% em relação ao ano anterior.

No geral, as importações da China contraíram 12,4% em julho, muito mais do que a queda
esperada de 5%. As exportações caíram 14,5%, em comparação com uma queda de 12,5% apontada por
economistas.

Na India, o consumo de combustível caiu para o menor nível em 10 meses em julho, mostraram
dados oficiais, já que as chuvas das monções restringiram a mobilidade. A India é o terceiro
maior importador e consumidor de petróleo.

Apesar dos dados sombrios, alguns analistas ainda permanecem otimistas sobre as perspectivas de
demanda de combustível da China para agosto e início de outubro.

“A alta temporada para a atividade de construção e manufatura começa em setembro e o consumo
de gasolina deve se beneficiar da demanda de viagens no verão”, disse Leon Li, analista da CMC
Markets. “A demanda deve diminuir gradualmente depois de outubro”, acrescentou.

Do lado da oferta, a Arábia Saudita disse na semana passada que estenderia um corte voluntário
na produção de petróleo de 1 milhão de barris por dia (bpd) por mais um mês até setembro.

A Rússia também disse que reduziria as exportações de petróleo em 300 mil bpd em setembro.

Por volta de 13h38 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro subia 0,15%, cotado a US$ 82,07 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro avançava 0,14%, cotado a US$ 85,49 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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