PETRÓLEO: Futuros passam a cair com pressões macroeconômicas minando rali

Porto Alegre, 29 de setembro de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo reverteram
os ganhos da manhã e operam em queda no início da tarde, com as preocupações macroeconômicas
pesando sobre o recente rali.

Os futuros do WTI chegaram a subir US$ 1 mais cedo na sessão, antes de depois serem negociados
US$ 1 abaixo do preço de fechamento de ontem.

Com os contratos futuros de petróleo se aproximando da marca de US$ 100 por barril, os
investidores podem estar avaliando o atual rali diante das preocupações macroeconômicas em curso.

“Com os investidores questionando agora a resiliência da economia global no próximo ano diante
do pano de fundo de taxas de juros mais altas por mais tempo, esse viés otimista nos mercados de
petróleo pode se tornar mais equilibrado”, explica Craig Erlam, analista da OANDA.

Os investidores também podem estar de olho em um possível fechamento parcial do governo dos
Estados Unidos no domingo. Um fechamento seria um “risco desnecessário” para uma economia
resiliente, disse hoje Lael Brainard, principal conselheira econômica da Casa Branca.

Os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram 0,4% em agosto, enquanto os dados do
índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE) mostraram que a inflação, excluindo os
preços voláteis de alimentos e energia, desacelerou para 0,1% no mês passado, ante 0,2% em julho.

Também na próxima semana, a reunião do painel ministerial da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, conhecidos como Opep+, ocorrerá em 4 de outubro.

Prevê-se que o Brent tenha uma média de US$ 89,85 por barril no quarto trimestre e de US$
86,45 em 2024, de acordo com uma pesquisa com 42 economistas compilada pela Reuters hoje.

Por volta de 13h00 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para novembro caía 0,65%, cotado a US$ 91,11 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para novembro recuava 0,03%, cotado a US$ 95,35 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Ritiele Rodrigues (ritiele.rodrigues@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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