PETRÓLEO: Futuros passam a operar em alta após estoques dos EUA e decisão da Opep

Porto Alegre, 5 de outubro de 2022 – Os preços dos contratos futuros do petróleo passaram a
operar em alta no final da manhã após a divulgação da Organização de Países Exportadores de
Petróleo (Opep) e aliados de cortar a produção da commodity em 2 milhões de barris por dia
(bpd). Também pesa sobre ambos os benchmarks o relatório dos estoques semanais dos Estados Unidos.

A Opep e aliados, liderados pela Rússia conhecidos como Opep+, decidiram diminuir em 2 milhões
de barris por dia (bpd) a produção de petróleo a partir de novembro, sendo o maior corte na
produção desde abril de 2020. O anúncio veio depois da reunião dos membros do cartel, que
aconteceu hoje de forma presencial.

“A Opep citou a perspectiva incerta para a economia global como a principal razão para o corte
de cotas. No entanto, a queda nos preços desde seu pico em março, sem dúvida, desempenhou um
papel importante”, explicam analistas da Capital Economics.

Nos Estados Unidos, os estoques de petróleo dos caíram em 1,4 milhão de barris, ou 0,3%, na
semana encerrada em 30 de setembro, para 429,2 milhões de barris. Analistas previam alta de 1,3
milhão de barris.

Já os estoques de gasolina caíram em 4,7 milhões de barris, ou 2,2%, para 207,5 milhões de
barris. Os estoques de outros derivados recuaram em 3,4 milhões de barris, ou 3,0%, para 110,9
milhões de barris.

Se por um lado a decisão da Opep+ afeta principalmente a oferta global de petróleo, com a
diminuição da circulação da commodity, os estoques nos Estados Unidos mostram que a demanda por
petróleo ainda continua forte apesar dos temores crescentes de que uma recessão no país se
encaminha.

Por volta de 12h06 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para novembro subia 1,75%, cotado a US$ 88,04 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para dezembro avançava 1,01%, cotado a US$ 92,73
o barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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