PETRÓLEO: Futuros passam a subir mais de 1% apoiados em dólar fraco

Porto Alegre, 23 de dezembro de 2020 – Os preços dos contratos futuros
operam em alta, recuperando-se das perdas do início da manhã, quando a
notícia de que o presidente norte-americano, Donald Trump, poderá vetar o
pacote de alívio ao novo coronavírus dominou os mercados.

A ameaça de Trump acontece sob o argumento de que ele deseja que o
Congresso aumente o valor dos cheques de estímulo que os legisladores aprovaram
na segunda-feira, de US$ 600.

Também pressionou as cotações no início do dia o dado do Americam
Petroleum Institute (API, que reúne as principais refinarias dos Estados
Unidos), divulgado ontem a noite e que mostrou uma alta de 2,7 milhões de
barris nos estoques de petróleo do país. Os números oficiais saem 12h30 (de
Brasília) e a projeção da Dow Jones aponta queda de 3,1 milhões de barris.

No entanto, os futuros reverteram a tendência de baixa e passaram a operar
em alta influenciados pelo dólar mais fraco, que torna as commodities
denominadas na moeda norte-americana, como o petróleo, mais baratas para os
detentores de outras divisas. Notícias de interrupções no fornecimento na
Nigéria também dão apoio às cotações.

O diretor da DTN, Dominick Chirichella, lembra ainda que a nova variante do
coronavírus descoberta no Reino Unido segue no radar dos investidores, depois
que levou a uma série de novas restrições ao redor do mundo, comprometendo a
recuperação da demanda por combustíveis.

“A nova cepa de coronavírus que desencadeou um pico em novas infecções
no Reino Unido levou os traders de petróleo a considerar que a recuperação da
demanda global de petróleo demoraria mais do que o esperado, apesar de duas
vacinas agora serem amplamente distribuídas, juntamente com imunizações na
Rússia e na China”, disse ele.

Por volta de 11h40 (de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI
negociado na Nymex com entrega, em janeiro subia 1,25%, cotado a US$ 47,60 o
barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com
entrega para fevereiro avançava 1,03%, cotado a US$ 50,61 barril. As
informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2020 – Grupo CMA