PETRÓLEO: Futuros permanecem instáveis com temores de recessão e espera por novidades na oferta

Porto Alegre, 17 de agosto de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo estão
instáveis e alternam entre perdas e ganhos próximos à estabilidade, já que as preocupações com
a perspectiva de uma recessão global que enfraqueceria a demanda ainda pesam no sentimento dos
traders, apesar do último relatório de estoques norte-americanos indicar uma queda nos barris.

A inflação dos preços ao consumidor britânico saltou para 10,1% em julho, a maior desde
fevereiro de 1982, intensificando o aperto nas famílias e preocupando os investidores.

“O mercado de petróleo está lutando para se livrar dos temores de recessão, e há pouco que
sugira que isso mude em breve”, afirmam analistas da PVM.

Ontem à noite, o relatório do American Petroleum Institute mostrou que os estoques de
petróleo e combustível dos Estados Unidos ficaram mais baixos. Segundo a instituição privada, os
estoques de petróleo caíram cerca de 448 mil barris e a gasolina em cerca de 4,5 milhões de
barris. Os traders agora aguardam pelos números oficiais da administração de informações de
energia do governo dos Estados Unidos que devem sair às 11h30.

A instabilidade de preços tem sido explicada como resultado de um forte êxodo de compradores
de petróleo, especialmente fundos de hedge e especuladores, que ocorreu no segundo e terceiro
trimestre.

Na frente do fornecimento de petróleo, o mercado aguarda os desdobramentos das negociações
para reviver o acordo nuclear do Irã de 2015 com as potências mundiais, o que pode levar a um
aumento nas exportações de petróleo iranianas se um acordo for alcançado.

A União Europeia e os Estados Unidos disseram ontem que estão estudando a resposta do Irã ao
que a UE chamou de sua proposta “final” para salvar o acordo.

Por volta de 10h00 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro subia 0,52%, cotado a US$ 86,92 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro regredia 0,12%, cotado a US$ 92,09 o
barril.

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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