PETRÓLEO: Futuros revertem e aceleram queda após estoques dos EUA

Porto Alegre, 20 de abril de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo operam em queda acima de 1% no início da tarde, após registrarem
alta pela manhã, apesar de uma queda robusta nos estoques de petróleo dos
Estados Unidos e preocupações com a oferta mais restrita da Rússia e Líbia.

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos caíram em 8,0 milhões de
barris, ou 1,9%, na semana encerrada em 15 de abril, para 413,7 milhões de
barris. Analistas previam alta de 2,2 milhões de barris.

Já os estoques de gasolina diminuíram em 800 mil barris, ou 0,3%, para
232,4 milhões de barris. Os estoques de outros derivados recuaram em 2,7
milhões de barris, ou 2,4%, para 108,7 milhões de barris.

Outro dado negativo do relatório semanal estava a produção de petróleo
dos Estados Unidos, que subiu em 100 mil barris por dia (bpd), para a maior alta
em quase dois anos – 11,9 mi bpd. Os números, no entanto, ainda estão bem
abaixo da produção de quase 13 milhões de bpd nos meses antes do início da
pandemia.

Os preços globais do petróleo foram puxados para cima por uma perspectiva
de oferta mais apertada após as sanções contra a Rússia – o segundo maior
exportador de petróleo do mundo e um importante fornecedor europeu – sobre sua
invasão da Ucrânia.

No entanto, uma perspectiva econômica global mais suave e os contínuos
lockdowns contra o coronavírus na China prejudicaram a demanda no principal
importador de petróleo do mundo, o que pesa sobre os preços da commodity.

“O menor crescimento da China equivale a um menor consumo de petróleo nas
mentes simplistas dos day traders, e os preços do petróleo caem
adequadamente”, explicam analistas da Oanda.

Por volta de 13h21 (horário de Brasília), o preço do contrato do
petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para maio caía 1,60%, cotado a US$
100,91 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma ICE,
com entrega para junho recuava 2,14%, cotado a US$ 104,96 o barril. As
informações são da Agência CMA.

Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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