PETRÓLEO: Futuros revertem e operam em queda após estoques dos EUA

Porto Alegre, 29 de junho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo zeraram os ganhos na sessão, quando chegaram a subir 2%, e passam a
operar em queda após a divulgação dos estoques da commodity nos Estados
Unidos, à medida que o relatório mostrou que a de alta no inventário foi
compensada por uma desaceleração incomum na demanda de gasolina nessa época
do ano.

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos caíram 2,8 milhões de barris,
ou 0,7%, na semana encerrada em 24 de junho, para 415,6 milhões de barris.
Analistas previam queda de 800 mil barris.

Já os estoques de gasolina subiram em 2,6 milhões de barris, ou 1,2%,
para 221,6 milhões de barris. Os estoques de outros derivados também subiram
em 2,6 milhões de barris, ou 2,3%, para 112,4 milhões de barris.

A demanda de gasolina em uma média de quatro semanas caiu para o menor
nível sazonal desde 2014, com exceção de 2020, auge da pandemia do
coronavírus. Enquanto isso, os investidores analisam o aumento das taxas de
ocupação da capacidade das refinarias, que na última semana chegou a 95%.

“As refinarias provavelmente terão problemas para elevar a produção
muito mais acima, com muitas delas operando perto da capacidade máxima. Isso,
juntamente com mais liberações das reservas estratégicas, deve colocar um
piso sob os estoques comerciais”, explicam analistas da Capital Economics.

Pelo lado da oferta, a companhia petrolífera estatal da Líbia suspendeu
os embarques de dois principais portos orientais, enquanto a mídia iraniana
disse que as negociações para reviver um acordo nuclear que poderia
impulsionar a oferta do país terminaram hoje com poucos resultados.

A produção no Equador também tem sido menor devido aos protestos em
curso. Esses gargalos para o fornecimento se unem ao comunicado da Shell que
disse que a capacidade de produção de energia está muito baixa, e o diretor
executivo da empresa pintou uma imagem sombria do fornecimento de energia
global.

O petróleo caminha para o primeiro declínio mensal desde novembro, depois
de ser atingido por temores de uma desaceleração econômica global, mas os
preços ainda estão cerca de 50% mais altos este ano. Embora os temores de uma
desaceleração econômica global tenham pesado sobre os contratos futuros.

Por volta de 14h27 (horário de Brasília), o preço do contrato do
petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para agosto caía 0,76%, cotado a
US$ 110,91 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma
ICE, com entrega para agosto recua para 0,77%, cotado a US$ 117,06 o barril

As informações são da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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