PETRÓLEO: Futuros revertem perdas e passam a operar em alta; WTI volta aos US$ 90

Porto Alegre, 19 de agosto de 2022 – Os preços dos contratos futuros de petróleo reverteram as
perdas da manhã, quando ambos os benchmarks chegaram a cair 2%, e passam a operar em alta no
início da tarde – com o WTI voltando a casa dos US$ 90 por barril apesar de ainda caminhar para uma
semana de perdas.

Ambos os contratos de referência rumam para perdas semanais de cerca de 1,5%, que só passaram
a ganhar impulso após a divulgação dos estoques de petróleo dos Estados Unidos, que caíram
acentuadamente à medida que o país exportou um recorde de 5 milhões de barris de petróleo por
dia na semana mais recente.

Além disso, Haitham Al Ghais, novo secretário-geral da Organização dos Países Exportadores
de Petróleo (Opep), disse à Reuters que estava otimista com a demanda por petróleo até 2023.

“A Opep está interessada em garantir que a Rússia continue a fazer parte do grupo Opep+”,
disse Al Ghais antes de uma reunião marcada para o dia 5 de setembro.

A oferta da commodity pode apertar novamente quando os compradores europeus começarem a buscar
suprimentos alternativos para substituir o petróleo russo antes das sanções da União Europeia
que entrarão em vigor a partir dessa data.

“Enquanto o governo Biden continua a culpar Vladimir Putin por todos os nossos problemas
energéticos e pede à Opep para aumentar sua produção, o novo secretário-geral do cartel tem uma
mensagem para aqueles que acreditam que a Opep pode resgatá-los dessa bagunça”, afirma o analista
do Price Futures, Phil Flynn.

Mas o dólar em alta torna o petróleo mais caro para os detentores de outras moedas, enquanto
as ações, que muitas vezes se movem em conjunto com os preços do petróleo, caem no pregão dos
Estados Unidos.

Por volta de 12h56 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para setembro subia 1,64%, cotado a US$ 91,99 o barril. Já o preço do contrato
do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para outubro avançava 0,95%, cotado a US$ 97,51 o
barril. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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