Porto Alegre, 28 de junho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo seguem operando em alta no início da tarde à medida que as ameaças
de produção globais se agravam, enquanto os mercados continuam se aquecendo e
a China cortou o tempo de quarentena para viajantes que entrarem no país.
O petróleo subiu cerca de 50% este ano. Embora os temores de uma
desaceleração econômica global tenham pesado sobre os futuros, a demanda
permanece robusta. Os preços da gasolina no varejo dos Estados Unidos
permanecem perto de recordes, impactando na renda dos consumidores em meio à
recuperação da pandemia e a escassez de capacidade de refino.
A situação de fornecimento apertada está se revelando no spread
WTI-Brent, que cresceu para US$ 6,19, o maior em quase três meses.
“A demanda europeia permanecerá robusta, especialmente à medida que o
fornecimento de gás natural se esgota, enquanto a demanda norte-americana por
petróleo está enfraquecendo”, afirma Ed Moya, analista da Oanda.
O petróleo também sobe conforme o sentimento de otimismo foi impulsionado
pela medida da China para reduzir pela metade o tempo que os recém-chegados
devem passar em quarentena, a maior mudança até agora em sua política contra
a pandemia.
Os viajantes para a China devem passar sete dias em quarentena centralizada
e, em seguida, monitorar sua saúde por mais três dias em casa, de acordo com
um protocolo do governo. Isso ante os 14 dias de quarentena em hotéis em muitas
partes da China atualmente, e até 21 dias de isolamento no passado.
Enquanto isso, o G-7 disse aos ministros para discutirem urgentemente um
limite de preço do petróleo na Rússia.
Os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita têm sido vistos como os
dois únicos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep) com capacidade de reposição disponível para compensar a oferta russa
perdida e a fraca produção de outras nações-membros.
O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei,
disse ontem que o país estava produzindo quase a capacidade máxima com base em
sua cota de 3,168 milhões de barris por dia (bpd) sob o acordo com a Opep e
seus aliados.
Seus comentários confirmaram as observações do presidente francês
Emmanuel Macron, que disse ao presidente Joe Biden à margem da reunião do G-7
que os Emirados Árabes Unidos estavam produzindo com capacidade máxima e que a
Arábia Saudita poderia aumentar a produção em apenas 150 mil bpd, bem abaixo
de sua capacidade de reposição de cerca de 2 milhões de bpd.
O Ministério da Energia do Equador disse que o país pode suspender
completamente a produção de petróleo nos próximos dois dias em meio a
protestos antigoverno. O antigo país da OPEP bombeava cerca de 520 mil barris
por dia antes dos protestos.
Esses fatores ressaltam a escassez no mercado, que levou a uma
recuperação esta semana, contrariando o nervosismo da recessão que pesou
sobre os preços nas duas semanas anteriores.
Por volta de 14h00 (horário de Brasília), o preço do contrato do
petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para agosto subia 2,19%, cotado a
US$ 111,98 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma
ICE, com entrega para agosto avançava 2,27%, cotado a US$ 117,71 o barril. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Pedro Diniz (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 20/06/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,43Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.750,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.300,00Milho Saca
R$ 66,25Preço base - Integração
Atualizado em: 17/06/2025 09:45