PETRÓLEO: Futuros seguem em alta com oferta menor e demanda chinesa

Porto Alegre, 01 de junho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo seguem operando em alta no início da tarde, refletindo a decisão da
União Europeia em proibir a importação de cerca de 90% do petróleo russo em
etapas, além da retomada das atividades em Xangai, centro financeiro da China,
após quase três meses de severos lockdowns.

Em maio, ambos os benchmarks registraram ganhos robustos, marcando o sexto
mês consecutivo de aumento dos preços. O WTI subiu 9,53% e o Brent 12,35%.

Os líderes da União Europeia concordaram na última segunda-feira, em
princípio, cortar 90% das importações de petróleo da Rússia até o final
deste ano, as sanções mais duras do bloco desde o início da invasão na
Ucrânia.

Uma vez totalmente adotadas, as sanções ao petróleo serão gradualmente
implementadas em seis meses, e sobre produtos refinados ao longo de oito meses.
O embargo isenta o petróleo do oleoduto da Rússia como uma concessão à
Hungria e a outros dois estados da Europa Central.

Pelo lado da demanda, o rigoroso lockdown chinês contra o coronavírus em
Xangai terminou hoje após dois meses, o que aumenta as expectativas de uma
demanda mais firme de combustível do país.

Limitando os ganhos, há os relatos de que alguns produtores estavam
cogitando a ideia de suspender a participação da Rússia em um acordo de
produção da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), com
expectativas de que tal movimento aumentaria a oferta.

“A reabertura completa de Xangai pode impulsionar o sentimento na
periferia, mas a possível isenção da Rússia pela Opep, a partir do acordo de
produção, é o destaque da história “, afirma Jeffrey Halley, analista da
Oanda.

Embora não houvesse um empurrão formal para que os países da Opep
bombeassem mais petróleo para compensar qualquer potencial déficit russo,
alguns membros do Golfo começaram a planejar um aumento de produção em algum
momento nos próximos meses, segundo o Wall Street Journal, citando delegados do
cartel de países.

Já a produção de petróleo dos Estados Unidos aumentou em março em mais
de 3% para seu maior patamar desde novembro, mostrou um relatório da
Administração de Informações sobre Energia ontem.

Há pouco, o preço do contrato do petróleo WTI negociado na Nymex com
entrega para julho subia 1,26%, cotado a US$ 116,12 o barril. Já o preço do
contrato do Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para agosto avançava
1,12%, cotado a US$ 116,90 o barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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