PETRÓLEO: Futuros seguem em alta com possibilidade de Fed menos agressivo

Porto Alegre, 15 de julho de 2022 – Os preços dos contratos futuros de
petróleo seguem em alta nesta tarde, em meio a perspectivas de um aumento menos
agressivo das taxas de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central
americano), embora as preocupações com uma recuperação da demanda tenham
limitado os ganhos.

O membro do Fed, James Bullard, disse que é a favor de outro aumento da
taxa de juros de 0,75 ponto percentual (pp) na reunião de política do banco
central neste mês, ao invés de um aumento maior, de 1,0 pp, após Wall Street
correr para precificar a alta depois da inflação avançar mais do que esperado
ontem.

A incerteza do aumento dos juros e os dados econômicos fracos levaram
ambos os contratos de petróleo a mínimas ontem, que estavam abaixo do
fechamento em 23 de fevereiro, um dia antes de a Rússia invadir a Ucrânia.

Ainda assim, tanto o Brent quanto o WTI recuperaram quase todas as perdas
no final do pregão. Apesar disso, as preocupações com as perspectivas para a
demanda continuam a limitar os preços do petróleo.

“Os preços do petróleo tiveram uma semana volátil. O petróleo caiu
acentuadamente no início da semana puxado para baixo por preocupações sobre
as perspectivas de demanda à medida que os temores de recessão aumentavam”,
explica a analista de mercado do City Index, Fiona Cincotta.

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está na Arábia
Saudita, onde participará de uma cúpula de aliados do Golfo. No entanto, a
capacidade de reposição dos membros da Organização dos Países Exportadores
de Petróleo (Opep) está acabando, com a maioria dos produtores bombeando em
capacidade máxima, e não está claro quanto extra a Arábia Saudita pode
trazer ao mercado rapidamente.

Por volta de 13h33 (horário de Brasília), o preço do contrato do
petróleo WTI negociado na Nymex com entrega para agosto subia 2,02%, cotado a
US$ 97,72 o barril. Já o preço do contrato do Brent negociado na plataforma
ICE, com entrega para setembro subia 2,21%, cotado a US$ 101,30 o barril. As
informações são da Agência CMA.

Revisão: Yasmim Borges (yasmim.borges@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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