PETRÓLEO: Futuros seguem em alta de 2% após anúncio de cortes de Arábia Saudita e Rússia

Porto Alegre, 5 de setembro de 2023 – Os preços dos contratos futuros de petróleo seguem
operando em alta de 2%, atingindo o seu nível mais alto desde novembro, após a Arábia Saudita e a
Rússia prorrogarem seus cortes de produção por três meses até o final deste ano, preocupando os
investidores com possíveis escassezes durante a demanda de inverno.

Os investidores esperavam que a Arábia Saudita e a Rússia estendessem os cortes voluntários
até outubro, mas a extensão de três meses foi inesperada.

“Parece que eles estão tentando intensificar e capitalizar sobre os movimentos recentes de
preço. Colocar um grande amortecedor no lugar para quando os cortes terminarem”, disse o analista
da Oanda, Craig Erlam.

Ambos os países disseram que revisariam os cortes na produção mensalmente e poderiam
modificá-los dependendo das condições do mercado.

Também apoiando os preços do petróleo, o Goldman Sachs disse que agora vê a probabilidade de
uma recessão nos Estados Unidos nos próximos 12 meses em 15%, abaixo da previsão anterior de 20%.
As perspectivas de a economia dos Estados Unidos evitar uma recessão severa ajudaram a impulsionar
a demanda e os preços do petróleo nos últimos meses.

Os futuros do Brent, que são usados para precificar mais de três quartos do petróleo
negociado no mundo, subiram cerca de 26% desde o final de junho, após Riyadh anunciar pela primeira
vez seus cortes voluntários.

O prêmio do contrato à vista do Brent em relação ao contrato de seis meses subiu para mais
de US$4 o barril na terça-feira, o mais alto desde novembro de 2022. Essa estrutura, chamada de
backwardation, indica uma oferta mais apertada para entrega imediata.

Por volta de 13h38 (horário de Brasília), o preço do contrato do petróleo WTI negociado na
Nymex com entrega para outubro subia 2,16%, cotado a US$ 87,40 o barril. Já o preço do contrato do
Brent negociado na plataforma ICE, com entrega para novembro avançava 1,85%, cotado a US$ 90,66 o
barril.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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